Acho muito curioso como um jogo inventado em 1846 (ou pelo menos que tenha aparecido pela primeira vez) seja tão desconhecido para quem escreve o texto, nunca tive contato com o esporte, no máximo eram cenas que apareciam em filmes americanos, país em que o esporte é cultuado, já nos games, nunca me interessei por jogos de esporte, seja futebol, baseball ou o meu favorito (na realidade) basquete.
Mas deixando as lamúrias de lado, MLB foi meu primeiro contato por horas com o esse tipo de conteúdo esportivo, resolvi encarar para ter uma ideia melhor do motivo de ser tão adorado pelos americanos. Assim como a franquia FIFA, cada capa traz uma figura de destaque da temporada, no caso do MLB de 2023, o astro da vez é Jazz Chisholm Jr, atleta de apenas 25 anos que atualmente joga pelo Miami Marlins, defendendo a segunda base (espero que você tenha algum conhecimento, pois as regras até agora me são estranhas), mas regras do esporte serão minimamente citados aqui.
Como era de se esperar, o jogo segue uma linha muito específica para os amantes da atividade, assim como PES ou FIFA, é a obra de vídeo game definitiva de Baseball, e provavelmente tenha algum público por aqui, mas chuto que sejamos minoria. A abertura do jogo faz uma leve referência com o nome do astro da capa e o estilo musical Jazz, lembrando o recente título da franquia Gran Turismo, onde live action se mescla com cenas de computação.
E o jogo pode ser visto como esses já citados anteriormente, vamos encarnar no papel de um atleta que sonha em jogar o campeonato mais importante do esporte, e se tornar um profissional bem-sucedido.
Para isso o jogo conta com diversas dificuldades, que vão do iniciante (a mais indicada para marujos de primeira viagem) até a dificuldade lenda, essa que vai separar somente a nata competitiva.
O que MLB 23 faz é uma das melhores coisas em termos de aprendizado dentro de um jogo esportivo, todos os modos possuem adaptação gradual conforme o aprendizado, independente de ter escolhido o modo mais fácil ou o mais difícil, o jogo irá se moldar para não ficar fácil demais, ou impossível. Isso mantém as partidas minimamente interessantes.
Apesar de ser algo muito distante da minha realidade, as partidas me divertiram quando comecei entender o mínimo para se pontuar e prosseguir nos campeonatos.
MLB 23 traz opções que irão dar acessibilidade para quem quiser se aventurar na obra, para cada uma das nove posições, teremos opções variadas, como por exemplo, para rebatedor há modos em que se usa o analógico como auxílio para rebater, ou outros que apenas contam com um toque no momento certo, para assim obter sucesso, e isso vale para outras posições, o arremessador trabalha com um medidor de força para o arremesso, ambas possuem botões que farão diferença na hora da jogada, que modificam velocidade, força no arremesso etc.
Se o jogador quiser arriscar um home run, além de rebater com precisão, pode usar o botão quadrado, indicado para uma rebatida poderosa, ou apenas rebater normal e tentar avançar nas bases, cada botão traz informações obre a velocidade que pode ser alcançada no acerto.
Para a função usada ao avançar nas bases, também existem opções que facilitam a jogabilidade, podendo controlar os jogadores que avançam ou recuam com o apertar de apenas um único botão.
Os atletas terão barras que indicam a condição física dele, podendo retirar um que esteja cansado demais e possa assim prejudicar o time.
Todas as informações mencionadas até aqui, fazem parte do extenso tutorial inicial, e aqui vai uma dica valiosa, aos que queiram jogar MLB, não pulem jamais as dicas dadas no tutorial, ou então vão ficar perdidos em algo que já não estamos familiarizados.
O jogo conta com alguns modos de partidas, e foi prometido crossplay, o que facilita aqueles que tenham amigos com o mesmo jogo que esteja em uma plataforma diferente.
Podemos jogar as partidas da temporada atual, casuais contra outros jogadores ou modo carreira, esse por sua vez é o mais extenso e que oferece uma espécie de história dentro de jogo. Iremos criar nosso personagem e personalizar ele conforme nosso gosto, é possível mudar aparência de vestimenta, gosto musical etc.
Após as partidas ficarão disponíveis em um calendário de jogos, durante as partidas não iremos nos limitar apenas uma posição, podermos participar de mais, mas creio que a escolha da maioria será o rebatedor, já que é a mais divertida e uma das principais para decidir a partida, confesso que no começo achei complicado as formas para rebater, não basta simplesmente saber a hora correta, é necessário ter domínio do tempo com uma precisão absurda, fácil se frustrar após três strikes.
Durante a configuração do personagem, escolhemos o nome que irá aparecer na camisa do jogador, e o narrador da partida irá pronunciar da forma que estiver escrito (claro, se o nome for existente em algum local do planeta), tal como o país de origem, uma boa forma de imersão para o modo carreira.
Os gráficos do jogo impressionam quando o assunto é iluminação e animação, quando o atleta está usando um capacete, a luz refletida é muito realista, mas o que chama mais atenção são as animações produzidas pelos personagens, claro que esse deveria ser o maior destaque, afinal estamos falando de um jogo de esporte, uma boa animação é indispensável.
Desde o rebatedor até o arremessador, ou quando o boneco corre para alcançar uma das bases, tudo é muito bem trabalhado e caprichado para parecer o mais real possível. O que difere dos modelos faciais, que são bem simples.
Se em Gran Turismo vemos o amor pelo automobilismo, em MLB teremos a admiração igual para outra atividade, com vídeos de jogadores famosos de todas as eras, comentários de astros aposentados, fatos históricos e mais, por mais que não seja para meu paladar, foi interessante experimentar algo novo, mas faltou uma tradução, pelo menos nos textos, para deixar menos complicado o entendimento do jogo.
Análise feita com base em uma cópia do jogo cedida pela Sony, agradecemos por confiar em nossa equipe.