Na virada do Ano Novo, um genocídio é realizado a distância por um assassino frio e cruel no alto de um edifício sendo suas vítimas aparentemente aleatórias. Então, a policial Eleanor Falco (Shailene Woodley) é convocada pelo agente especial Lammark (Ben Mendelsohn) para investigar o caso junto a ele.
Apesar da trama simples e convencional do gênero de investigação policial, não se engane, o longa dirigido e roteirizado por Damián Szifron se destaca pela sua execução e aprofundamento psicológico dos personagens.
Abordando questões como sanidade mental, depressão, solidão e até mesmo questões sociais e burocráticas, Sede Assassina (do original To Catch a Killer) é uma ótima adição para o sub-gênero, pois além de, a todo momento, instigar o suspense que envolve o mistério de quem é o assassino, e a jornada para essa descoberta é bem conduzida e interessante, o toque de mestre da obra é, no meio de tudo isso, discutir temas pertinentes e de maneira que se entrelaça com primor com a história, especialmente quando se fala de protagonista e antagonista.
Os paralelos traçados entre Eleanor e o assassino misterioso e como ambos possuem questões mentais de muita semelhança acabam por trazer questionamentos muito interessantes sobre sanidade e complexidade da mente humana, e como os diferentes tipos de distúrbios podem, ou não, afetar um cidadão a ponto de corrompe-lo (ou não).
O diretor argentino, Damián Szifron, indicado ao Oscar 2015 por melhor filme estrangeiro, consegue manter sua assinatura e qualidade, com um orçamento mais generoso e sendo feito para a grande Hollywood, ou seja, para os Estados Unidos e com elenco norte americano.
Com um elenco de atuações excelentes, personagens com motivações convincentes e uma trama interessante que sabe trabalhar o suspense e a temática em sintonia, Sede Assassina é um ótimo filme do gênero e pode agradar aqueles que gostam de uma direção inteligente e sagaz.