“The Fate of Baldr” é mais do que apenas um jogo de defesa de torre. Com a novidade em terceira pessoa oferece uma dinâmica distinta que permite que os jogadores se envolvam diretamente na batalha, construindo defesas e atirando contra os inimigos que avançam. Sem dúvidas, os amantes do gênero, como eu, que sempre buscam coisas novas em jogos no estilo de tower defense, são atraídos por essa característica distinta. Mas “The Fate of Baldr” cumpre as expectativas?

Nove Reinos Distintos

Embora “O Destino de Baldr” me deixou entusiasmado com a promessa de uma abordagem inovadora ao tradicional gênero de defesa de torres, logo percebi que o jogo pode se tornar enjoativo e repetitivo. A capacidade de controlar diretamente um personagem aumenta a diversão, mas nem sempre de forma satisfatória. Ainda assim, as mecânicas centrais de construir defesas e enfrentar hordas de inimigos permanecem as mesmas conhecidas do gênero.

Apesar de oferecer momentos de intensa ação, me vi defendendo a nave contra uma única horda de inimigos em cada “rodada”, o que deu a sensação de falta de variedade e desafio. Embora as diferentes classes de personagens, como Berserker, Hird, Nidingr e Smidr, ofereçam uma variedade de estilos de jogo e habilidades, ao longo do tempo fiquei ficando entediado com a repetição das mesmas estratégias e táticas.


Um dos pontos fortes do jogo é, sem dúvida, a capacidade de controlar um personagem em terceira pessoa e participar ativamente da batalha, o que me deu uma sensação de envolvimento. No entanto, a falta de diversidade nos objetivos das missões e na progressão do jogo prejudicou a minha experiência e a tornou menos atraente à medida que o tempo passava.

Ainda assim, “The Fate of Baldr” tem momentos tensos e divertidos durante as batalhas, especialmente para aqueles que gostam de ação direta e estratégia rápida. A variedade de habilidades e as classes de personagens permitem a experimentação e a personalização, permitindo que eu encontre um estilo de jogo que se adapte às minhas preferências.

Farm e mais Farm

Explorar as estruturas de defesa em “The Fate of Baldr” revelou-se uma experiência um tanto quanto decepcionante. Em um jogo de tower defense, esperava encontrar uma variedade de torres e estruturas que não apenas fossem funcionais, mas também visualmente impactantes. No entanto, o que encontrei foram construções básicas e relativamente genéricas, que não conseguiram despertar aquele sentimento de empolgação que eu estava esperando.

Apesar da variedade aparente de estruturas disponíveis, incluindo torres inspiradas em seres mitológicos Nórdicos que disparam energia, canhoes imponentes e outros tipos de estruturas que dão um reforço, nenhuma delas realmente se destacou como algo verdadeiramente especial. Embora essas estruturas cumpram sua função básica de defender a nave contra as hordas de inimigos, elas não oferecem nada de realmente inovador ou emocionante em termos de design ou funcionalidade.

A mecânica de coletar recursos para construir essas estruturas, seja através da coleta de cristais espalhados pelo mapa ou dos drops deixados pelos inimigos derrotados, adiciona um elemento de urgência e estratégia ao jogo. No entanto, a rapidez com que esses recursos desaparecem pode tornar a coleta uma tarefa frustrante, especialmente durante momentos intensos de batalha.

Uma das maiores decepções foi a falta de mudanças visuais perceptíveis ao melhorar as estruturas. Enquanto é possível investir recursos para fortalecer as defesas da nave, essas melhorias são principalmente de natureza estatística, não resultando em nenhuma alteração visual significativa. Isso deixou uma sensação de falta de progressão visual e impacto ao longo do jogo.

Rumo do Combate

Além das estruturas de defesa e da coleta de recursos durante as partidas, descobri que em “The Fate of Baldr” há um que elemento que poderia ser crucial para a jogabilidade: os talentos. Esses talentos são recursos limitados disponíveis apenas durante aquela partida específica, mas que teve um impacto significativo na minha experiência de jogo.

Investir esses talentos me deu a oportunidade de aprimorar minhas habilidades e atributos de várias maneiras. Desde aumentar minha vida máxima e o dano corpo a corpo até melhorar minha velocidade de movimento e o dano das armas à distância. 

Os “talentos” em “The Fate of Baldr” não tiveram o impacto que eu esperava. Muitas vezes, eu acabava esquecendo deles durante as partidas, e quando me lembrava, sua influência não era tão significativa quanto eu imaginava. Apesar de oferecerem melhorias como aumento da vida, dano e velocidade, eles não pareciam fazer tanta diferença no resultado das batalhas. Sua falta de destaque e impacto acabaram tornando-os um aspecto secundário da minha experiência de jogo, levantando dúvidas sobre sua relevância.

Mundos e Inimigos são um dos Destaque

Os inimigos são uma das partes mais divertidas e, às vezes, assustadoras de “The Fate of Baldr”. A grande variedade de criaturas e bosses que encontramos para enfrentar me impressionou, especialmente o bode, que é apenas tenebroso. O jogo ganha mais profundidade porque todos esses inimigos são derivados da rica mitologia nórdica.

Os bosses são particularmente diversificados e divertidos de vencer, além dos inimigos comuns. O encontro com o pai sanguinário de Loki foi um momento intenso e memorável. Cada boss tem suas próprias mecânicas de luta e desafios.

A variedade de seus mapas, cada um envolto na rica mitologia nórdica, é uma das características cativantes de “The Fate of Baldr”. Cada mapa, desde a enigmática lua de Mirdgard até o imponente Jotunheim, oferece uma experiência única de exploração e batalha.

Mundos Pesados

Minha experiência de jogo foi significativamente afetada por um problema técnico que encontrei quando entrei na aventura de “The Fate of Baldr”. Esperava uma performance aceitável com um processador Ryzen 5 3600 e uma placa de vídeo RX 6600. No entanto, enfrentei vários desafios que dificultaram significativamente minha participação.

Embora os requisitos básicos do jogo indicassem uma experiência boa para hardware comparável ao meu, a situação real é bastante diferente. O desempenho foi inconsistente e frustrante mesmo depois de ajustar as configurações gráficas para baixa, média e alta. A taxa de quadros caiu para 25 FPS em média em vários momentos, principalmente durante a exploração de alguns reinos, tornando a jogabilidade instável e desagradável.

Embora o visual do jogo seja simples, ele não compensa os problemas de desempenho. Por outro lado, a trilha sonora é excelente, fornecendo uma sensação de imersão que complementa muito bem a história e a ambientação do jogo.

É importante destacar que, como essa análise se baseia em uma versão do jogo que ainda não foi finalizada, a esperança é que os problemas técnicos sejam resolvidos antes do lançamento oficial do jogo. No entanto, para garantir uma experiência de jogo satisfatória para todos os jogadores, independentemente de sua configuração de hardware, os desenvolvedores devem priorizar a otimização do desempenho.

Conclusão

É óbvio que este jogo supera as expectativas de um jogo de defesa de torres típico. Acrescentando elementos de jogabilidade em terceira pessoa, seu método inovador cria uma dinâmica distinta que atrai amantes do gênero.

No entanto, apesar das expectativas, alguns aspectos do jogo foram insuficientes. O potencial de longevidade e desafio foi reduzido pela repetitividade das missões e pela falta de variedade nos objetivos. Além disso, embora os talentos permitam personalização, sua execução não foi tão eficaz quanto esperado, deixando-os de lado na experiência de jogo.

Por outro lado, os ambientes ricamente detalhados inspirados na mitologia nórdica e a variedade de inimigos adicionam profundidade e emoção à história de “The Fate of Baldr”. No entanto, problemas técnicos significativos prejudicam significativamente o desempenho do jogo, mesmo com hardware adequado, diminuindo essas vantagens.

No geral, “The Fate of Baldr” oferece momentos de diversão e desafio, mas sua experiência é prejudicada por questões técnicas que precisam ser abordadas antes do lançamento oficial. Com otimizações adequadas, este jogo tem o potencial de se destacar como uma adição valiosa ao gênero de tower defense, proporcionando uma experiência memorável para os jogadores que buscam aventuras envolventes e desafiadoras.

Nota
Geral
6.0
the-fate-of-baldr"The Fate of Baldr" inova o gênero de Tower Defense com uma câmera em terceira pessoa, porém enfrenta problemas de desempenho. Apesar disso, pode proporcionar diversão em conjunto com amigos, graças à sua jogabilidade cooperativa. Considerando as limitações técnicas, é uma opção a ser explorada por aqueles que valorizam a experiência social nos jogos.