Battlefield 2042 foi lançado no dia 19 de novembro de 2021. Está disponível para: PS4, PS5, PC, Xbox One, Series S e X. Desenvolvido pelo estúdio DICE e publicado pela Electronic Arts (EA).
All-out Warfare
Esse modo de jogo é a proposta principal desta edição do Battlefield. Colocando 128 jogadores, divididos em 64 para cada lado, em um mapa extenso e com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Explosões aéreas, combates pelo chão, utilização de veículos e uma liberdade estratégica em como atacar a equipe adversária.
Tudo isso em meio a um cenário de desastres naturais no meio de confrontos caóticos. Decisões ligeiras e táticas devem ser tomadas para poder superar o ataque inimigo em meio a um tornado por exemplo.
Dois tipos de partida estão disponíveis em All-out Warfare, o primeiro é o modo ruptura. As equipes fazem partidas de ataque contra defesa. Enquanto uma tenta chegar até base inimiga, a outra tenta ao máximo sobreviver aos ataques e para ajudar a atingir esse objetivo, quem está defendendo ressurge de forma ilimitada ao contrário de quem está atacando que tem um número limitado nesse quesito.
Apesar de ainda contar com 128 jogadores, as áreas do mapa são menores gerando assim uma nova e interessante dinâmica mais centralizada neste modo. Os problemas de distância a percorrer sem de fato fazer algo significativo na partida não acontece neste formato. É inegavelmente bem divertido e facilmente dezenas de horas podem ser gastas em ruptura.
O segundo é o modo conquista. O objetivo das equipes é de dominar as zonas neutras para ganhar mais chances de reaparecer após uma morte e diminuir essa possibilidade da equipe rival. O vencedor é declarado quando uma equipe não possui mais possibilidades de ressurgir na zona de batalha.
Para quem procura uma experiência insana e característica da franquia esta é uma boa pedida. Apesar de pecar em alguns momentos em que os veículos que podem ser utilizados estão indisponíveis e uma longa jornada a pé deve ser realizada podendo entediar o jogador logo no começo da jogatina.
Hazard Zone
Sem dúvida o formato mais diferenciado e até um pouco mais elaborado. Em Hazard Zone os jogadores são divididos em 8 times com 4 integrantes em cada, totalizando 32 jogadores. O mapa é bem extenso, bem como, no modo conquista. O vazio do mapa e o tempo ocioso é combatido com a inserção de NPCs agressivos.
A missão por aqui é achar HDs e tentar a extração com sucesso. E para isso o grande incremento na dificuldade é o número de tentativas limitada a uma. Em dois períodos da partida é possível concluir a extração. No meio e no final da batalha. Os jogadores devem decidir qual o melhor momento para utilizar a chance única de extração. Caso não seja bem sucedido nesta ação todo o dinheiro acumulado é perdido.
A necessidade de formar uma equipe com amigos ou colegas é quase obrigatória, já que é uma tarefa ainda mais complicada jogar deste modo com companheiros de equipe desconhecidos pela necessidade de uma alta química e comunicação muito eficaz de um com o outro. Acredito que este modo poderia servir como um grande chamariz para a decisão de compra do game, caso fosse liberado para qualquer jogador sem custos pelo menos por um determinado período.
Portal
Este modo é uma carta de amor para os fãs e deve atingir muitos pela nostalgia, já que conta com alguns mapas inesquecíveis dos Batllefields 2, 3, Bad Company e do 1942. O que mais me atraiu neste modo foram as infinitas possibilidades de criação de mapas, podendo personalizar de forma profunda e alterar tudo da maneira que o jogador preferir, compartilhando assim o seu progresso com a comunidade.
Um ponto frustrante é que ao tentar iniciar uma partida o tempo de espera é alto, em 15 minutos nenhum jogador havia se juntado para começar a partida desse modo. Isso acaba por fazer o jogador optar pelos modos mais tradicionais mesmo, o que é uma pena.
Ainda dentro de Portal existe o modo VIP Fiesta onde os jogadores devem eliminar os VIPs que nada mais são que outros players que têm uma condição de alvo definida. Ao ser derrotado, um novo jogador de forma aleatória se torna o alvo principal, ou seja, o VIP. Em uma primeira jogada é até interessante, mas rapidamente acaba ficando enjoativo especialmente se o VIP não for algum colega e a partida não estiver sendo disputada com os amigos.
Gráficos e jogabilidade
A jogabilidade é bem fluida. A movimentação não sofre com obstáculos invisíveis no cenário nem nada do tipo. A precisão e resposta aos comandos estão bem equilibradas. Apesar dos mapas serem bem extensos mesmo na versão analisada (PS4), pelo fato do jogo ter sido lançado para a atual e a antiga geração, uma sensação de vazio em termos de elementos no mapa acaba sendo inevitável. Os pontos de controle em algumas partidas são bem distantes um do outro e com um imenso vácuo entre eles.
Visualmente, não há muitas falhas, porém, não impressiona em nenhum aspecto gráfico. É apenas ok. A transição entre terrenos como água para a terra firme parece um pouco arcade e dá uma sensação de que pode ser melhorada com atualizações futuras. Os efeitos sonoros das explosões e tiros não estão muito coesos e parecem por vezes dessincronizados, especialmente quando muitos jogadores estão ao mesmo tempo na tela.
Um pacote caro de diversão
Em Battlefield 2042 não temos uma campanha, mas sim um modo multiplayer com progressão bem estruturada e diversas formas de jogar. Apesar da competência deste, a frustração pelo valor do pacote como um todo é pesado, ainda mais se compararmos com os games concorrentes em primeira pessoa que por sua vez tem uma experiência free to play, sendo assim, bem mais acessível para todos ainda mais em um momento econômico ainda bem complicado.
A escolha em mostrar um pouco da essência desse mundo futurista em pequenos fragmentos nas breves cinemáticas antes das primeiras partidas de cada modo e através das temporadas do passe de batalha é um desperdício e acaba por não gerar momentos marcantes que sem sombra de dúvidas poderiam ser criados caso introduzidos em uma campanha.
Battlefield tenta ser uma experiência definitiva para os fãs da franquia revivendo capítulos gloriosos e mapas inesquecíveis. O problema é que boa parte das memórias dos jogos mais clássicos são baseados em campanhas que apesar de serem curtas foram marcantes e ajudaram a nortear um caminho de sucesso da série.
A quantidade de armas e skins são boas ainda mais, levando em conta que é o começo de um multiplayer, sendo assim, uma verdadeira armada de opções de equipamento está à disposição da franquia para preencher ainda mais o arsenal lendário da série.