Call of Duty: Modern Warfare III estreou, prometendo uma campanha inédita, mapas de mutiplayer modernizados e uma nova experiência em mundo aberto no modo “Modern Warfare Zombies”. A campanha é uma continuação direta de MWF2, com o embate do Capitão Price e a Força Tarefa 141 contra Vladimir Makarov, disposto a dominar diversas áreas pelo mundo. Ao todo, 16 mapas de MWF2 receberam gráficos atualizados, modos e recursos.
Envolto em polêmicas desde seu lançamento, Call of Duty: Modern Warfare III merece o papel de um jogo AAA ou limita-se a sensação de um DLC com preço salgado e uma campanha que encobre “mais do mesmo”? A análise abordada tratará principalmente da campanha e do modo aberto Zombies, uma das novidades.
Uma campanha curta
MWF3 retorna com o famoso esquadrão do Capitão Price contra Vladimir Makarov. Seus planos? Simplesmente uma Terceira Guerra Mundial. A Força Tarefa 141 viajará para diversos locais, frustrando o plano do vilão, além de concretizar alianças. Em uma campanha curta, grande parte das dinâmicas da história apresentadas não reflete o nível merecido para um jogo tão famoso.
O único acerto do modo são as novatas missões de combate em mundo aberto, ótimas ao permitir uma real movimentação e abordagem por parte do jogador, enfatizando que existem opções para cada estilo, seja ele Stealth ou confronto direto. A sensação após o término da campanha é que faltou algo a mais e a decisão de entregar o resultado final como está, deveria ter sido repensada.
A campanha está repleta de personagens genéricos, com oscilações emocionais desconectadas e sem a obtenção de um real desenvolvimento, apenas conseguindo uma ligação emocional com jogadores fãs da franquia que se apegam a nostalgia pelo legado de Call of Duty: Modern Warfare. Parcialmente, essa lacuna existe por problemas de desenvolvimento importantes da história, que ficaram atrelados ao Battle Royale, inflamando a confusão em jogadores eventuais que sequer sabem que é Philip Graves. Não existe uma coesão linear entre o MWF2 e MWF3, que deveria ser direta, sem ramificações.
Existem momentos esporádicos em que determinadas cenas da campanha brilham, entre uma cena e outra, podemos apreciar o desenvolvimento narrativo, limitado, mas aceitável. A pergunta que fica em nossa cabeça constantemente é o que levou a desenvolvedora a investir muito mais em outros quesitos do jogo e largar o modo campanha dessa forma. Está claro que o conteúdo merecia o título de DLC. Sem discussões.
Na faca ou no tiro?
O sistema de jogabilidade é pouco inovador, sempre inspirado na fórmula de sucesso do jogo anterior, sem ousar na proporção merecida. Sim, foi excelente participar de missões de áreas enormes, sem o quesito linear, no entanto, ao seguir os objetivos das missões, foca-se nele e não na exploração.
No entanto, ocorreu uma evolução no ritmo de combate, muito mais acelerado, algo que me impressionou. A questão da indicação de minha posição no mapa ao atirar, também adicionou um elemento dinâmico e estratégico. Morrendo, prepare-se para surgir em situações duvidosas, com inimigos por perto, necessitando de reações rápidas.
O arsenal se MFW2 retorna mais uma vez, entregando diversas adições e personalizações, ajudando no estilo de jogabilidade do jogador, efetuando mudanças em armas básicas como pistolas, passando por rifles de assalto, aumentando a flexibilidade. A ação ao efetuar disparos e a movimentação foram otimizados, algo sentido em casa movimento proposto.
Ocorreram melhorias visuais significativas? O uso da nova engine ajudou no resultado final, com gráfico de qualidade incrível, sistema de iluminação funcional e ambientes com riqueza de detalhes, aumentando a sensação de polimento. É uma verdadeira explosão visual, obviamente que necessita de pequenos ajustes aqui e ali, mas é superior, obviamente, ao MWF2. O som é reforçado com um trabalho de design esplêndido, com armas e seus disparos perceptíveis e reais, passos captados com precisão e outros pequenos toques ambientas que me deixaram abismada.
Modern Warfare Zombies
Modern Warfare Zombies, dessa vez em modo aberto, acontece em um enorme mapa (Urzikstan), englobando diversos elementos clássicos do modo multiplayer misturados aos zumbis e, sinceramente, adorei a nova abordagem com vários baús pelo cenário, veículos e afins. A liberdade de abordagem e atuação são imensas. Quanto mais exploramos, mais hordas de zumbis surgem, além de mercenários, obtendo mais saques especiais, garantindo nossos upgrades e potencializando nossas explorações futuras.
A quantidade de inimigos em determinadas áreas não é elevada, com alguns surgindo do nada ao nosso redor nas demais. Essa sensação de vazio e solidão foi chata e desproporcional, mesmo com mais dois jogadores atuando comigo. Jogadores ficam dispersos pelo mapa enorme e encontram-se eventualmente em alguma atividade.
Nesse momento de encontro é que o modo zombie se sobressai, com combates em grupo intensos e emocionantes. Não sou fã de multiplayer, possuo pouco tempo para investir em treinos e progressos para competir com outros jogadores online, o modo Zombies é perfeito para jogadores eventuais como eu, apenas lidando com a IA do jogo.
Na maior parte do tempo, você faz o que quer, ou tenta uma linha mais linear e focada, com contratos no mapa. Existe sempre o que fazer, no que atirar, parte do mapa com nível elevado entre os zumbis daquela região (nem ouse se aproximar deles sozinho), é também um ótimo modo para subir o nível de suas armas.
Nos últimos anos, permaneci envolvida em jogos com visão em terceira pessoa, evitando FPS e afins. Modern Warfare Zombies trouxe a velha sensação do passado, em que adorava jogos em primeira pessoa e lembranças de jogabilidade no velho PC atuando nos primeiros Call of Duty da vida. Assistindo o processo evolutivo da franquia desde seu início, fico realmente impressionada como o mundo de COD evolui e tem potencial para ainda mais. E isso deveria ser levado em conta quando um novo projeto da franquia começa: seu legado.
Com uma campanha pequena, mapas multiplayer já existentes e reformulados, um modo Zombie que acerta, porém, já é conhecido de jogadores. Ausente de uma implementação original, certamente o valor elevado cobrado pelo jogo não justifica o conteúdo entregue, apenas o peso do título que justifica o valor. Polêmicas à parte, Call of Duty: Modern Warfare III fornece uma experiência básica, visualmente impressionante e limitada. Merecia algo melhor, sem evidentes processos de reciclagem, com literalmente, zumbis, levando o jogo “nas costas”.
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