Olá pessoal! Eu sou o KenyoNascimento e é muito bom estar de volta para mais um “Review”! Desta vez, trago para vocês a minha opinião sobre o game “Cuisineer” que foi oficialmente lançado no dia 09/Novembro/2023; o jogo é desenvolvido pela “BattleBrew Productions” e distribuído pela Marvelous Europe ou XSEED Games.

O universo de “Cuisineer” se baseia em um jogo de exploração de masmorra com pitadas de roguelite! Os jogadores se aventurarão por um mundo exuberante e repleto das mais diversas criaturas! Aqui o objetivo é bem simples, matar essas criaturas, coletar os ingredientes que elas deixam (ou encontrá-los no cenário, por exemplo, madeira em árvores) e a partir disso gerenciar um restaurante.

Aviso Importante: O site Gamer Point atualmente conta com um número interessante de autores; os mesmos atuam de maneira livre em artigos autorias, notícias (games e tecnologia), previews, e reviews. Falando única e exclusivamente por mim, gostaria de deixar claro que não compactuo com a prática de spoilers em meus previews e reviews. Portanto, leiam tranquilamente, pois, este review mesmo contendo muitos detalhes, não apresenta informações de enredo (história) que possam prejudicar a sua experiência.

Assim sendo, confira abaixo nossa gameplay inicial de 43 minutos (sem comentários) de “Cuisineer” no PC:

Roguelite Culinário

Primeiramente, vamos esclarecer dois pontos fundamentais sobre “Cuisineer”! O primeiro ponto é que esse é um jogo roguelite, ou seja, nada nunca será igual; isso com relação às Dungeons (masmorras). Tudo é gerado proceduralmente! Uma vez que os jogadores reiniciem o game ou simplesmente morram, ás Dungeons serão resetadas. O segundo ponto é o objetivo principal do título, que nada mais é do que gerenciar um restaurante. Esse JRPG (RPG com traços de animes, que lembram mangás ou RPG Japonês para simplificar) 3D, trás uma gameplay Hack and Slash bem interessante! Aqui os jogadores precisarão entrar em Dungeons cada vez mais difíceis para coletar ingredientes (carnes, leite, ovos, e etc…), bem como, materiais (madeira, pedra, ferro, e etc…); tudo em prol de melhorar o seu restaurante.

Contudo, não se enganem com a proposta fofa do game, como eu disse logo à cima, as masmorras vão ficando cada vez mais difíceis, a cada andar que descemos os inimigos mudam, ficam mais fortes, e em maior quantidade. A variedade de inimigos é bem interessante, além disso, também temos diversos chefes em nosso caminho! Outro ponto muito legal do game é o combate, os jogadores contaram com diversos utensílios de cozinha (espátula, faca, martelo de carne, e etc…) para combater os inimigos; todos com habilidades únicas. Além disso, por ser um Hack and Slash, esqueça aquelas batalhas por turno dos RPG’s tradicionais, a coisa aqui é mais frenética!

Para terminar, o tópico, preciso dizer que também gostei muito da parte da cidade no game! Existem diversos personagens, todos muito legais e com diversas missões para serem realizadas (o jogo tem um propósito, tem um início, um meio, e um fim; diferente de alguns roguelites). A cada novo personagem que conhecemos, a cada nova missão adquirida ou realizada, aprendemos uma nova receita (um novo prato). Ainda mais, existem lojas para adquirir roupas, novos utensílios de cozinha, habilidades, e até mesmo lojas de matérias (cadeiras, mesas, armários, geladeiras, panelas, fornos, pisos, paredes, e etc…) para expandir nosso restaurante. Enfim, foi tudo muito bem pensado, calculado, esse quesito do game é bem completo.

Ser um Chefe de cozinha não é tarefa fácil!

Sobretudo, nesse tópico vou falar um pouco do sistema de gerenciamento de “Cuisineer”. De longe, esse é o aspecto do game que mais curti! É muito divertido! Como em qualquer negócio na vida real, aqui também começamos pequenos (de baixo), ou seja, nosso restaurante é bem pequeno (com poucas mesas, poucas opções de cardápio, e poucas panelas para preparar os pedidos), bem humilde! Conforme avançamos vamos adquirindo o dinheiro pra destravar (comprar) as melhorias necessárias, assim como, às novas receitas para preparar novos pratos.

No entanto, o gerenciamento de recursos do restaurante é o maior desafio que os jogadores enfrentaram! Existem dois tipos de recursos, às matérias brutas (madeira, pedra, ferro, e etc…) e os ingredientes culinários (carnes, leite, ovos, e etc…), cada qual com seu próprio tipo específico de armazenamento; os ingredientes na geladeira e às matérias brutas no baú. O grande problema da questão é a alta demanda desses recursos, por isso, os armazenamentos dos jogadores sempre vão estar lotados; bem como, o inventário. Temos opções (melhorias) para expandir esses aspectos, porém, sempre estaremos cheios de itens. Esse é o ponto dessa dinâmica, fazer com que todos tenham que pensar e substituir itens que jugarem necessários. OBS: Quem jogou o game “Moonlighter” vai se assemelhar bastante com “Cuisineer”, ambos são extremamente parecidos, além disso, o fator simulação também é muito parecido com “Stardew Valley”.

Por último, mas não menos importante, temos o gerenciamento mais direto do restaurante. O que fazer quando a demanda está alta e não temos os utensílios certos ou o espaço adequado?  E se temos uma mesa para dois, porém, chegam cinco clientes? O que fazer? Para mim, essas foram algumas das tarefas mais divertidas de se enfrentar em “Cuisineer”. Em suma, avançar nas missões e conhecer o carpinteiro da cidade fez toda a diferença, correr atrás dos recursos nas mais diversas e perigosas Dungeons (masmorras) me frustrou, em determinados momentos, mas foi extremamente divertido! OBS: Quase me esqueci que às Roupas (luvas e botas) e utensílios de cozinha/armas (espátula, faca, martelo de carne, e etc…), também agregam (ocupam espaço) no inventário ou armazenamento; muito cuidado na hora de decidir o que descartar e o que manter guardado!

Cozinhar também é Arte!

“Cuisineer” é um game muito bem trabalhado, em vários momentos me peguei admirando a sua bela arte. Os cenários, no geral, estão todos muito coloridos e vibrantes; é um show à parte! Algo que muitos games AAA (triplo A) não estão conseguindo atingir hoje em dia!! Além disso, os personagens estão todos muito interessantes e bem desenvolvidos, todos agregam, de forma divertida, em nossa jornada. O pessoal responsável pelo Game Design está de parabéns, pois, apesar de simples, “Cuisineer” é belo! Assim como, animações, movimentos, e ataques, estão todos em perfeita harmonia com o áudio.

Resumindo, esse é um típico caso onde tudo funciona muito bem; claro, levando em conta a proposta do jogo.

Otimização

Acima de tudo, eu gostaria de deixar claro que esse tópico (otimização) passará a ser recorrente em meus reviews, pois, existe uma grande necessidade (carência) de se falar a respeito. Quando falamos em Otimização, não estamos apenas falando de crashes, bugs, e queda de frames, mas sim como o game em questão está se portando (o seu desempenho) em outras plataformas e hardwares. No caso de “Cuisineer”, que é exclusivo de PC (não sei se vai deixar de ser ou não), além da minha própria experiência com o game, eu fiz todo um trabalho de pesquisa, e busquei por outras opiniões com relação a esse aspecto.

Particularmente, eu não tive problema algum com o game, em nenhum momento ele crashou, não encontrei bugs, e o desempenho dele está perfeito. Além disso, quando busquei por outras opiniões (de amigos e de pessoas que também estão jogando o game), ninguém relatou problemas. A única reclamação, o que é uma unanimidade, foi com relação aos loadings excessivos. Enfim, não estou dizendo que não haverá problemas, até porque, cada caso é um caso diferente; no entanto, é uma unanimidade que o game está rodando bem.

Pontos Fortes e Pontos Fracos

Pontos Fortes

  •         Tem legendas em Português PT-BR.
  •         Variedade de comidas (incluindo muitas culturas diferentes).
  •         Sistema de Gerenciamento muito bom (tanto o do restaurante quanto o dos recursos).
  •         Dungeons (masmorras) bem desafiadoras.
  •         Arte e Designs incríveis.
  •         Extremamente convidativo (relaxante).
  •         Bem intuitivo.

Pontos Fracos

  •         Faltam algumas explicações (tutoriais) para algumas dinâmicas.
  •         Não inova o estilo.
  •         Muitos Loadings (carregamentos), na verdade, tem Loading para tudo; porém, só o primeiro Loading (o que carrega o mundo) que é mais demorado e só na primeira vez.
  •         Falta um Sistema de Rastreamento de Quests.
  •         Trilha sonora (música de fundo) extremamente repetitiva e enjoativa. Faltou variedade aqui!

Considerações Finais

Em conclusão, para encerrar com uma ótima sobremesa, digo que o game “Cuisineer”, apesar de não inovar o estilo, é uma grande certeza em um ano tão bom para indústria da décima arte (10ª arte). Desde o momento em que coloquei os meus olhos nele (quando vi o trailer de anúncio) eu sabia que vinha coisa boa! Esse jogo é obrigatório para todos os amantes de simulação, gerenciamento de recursos, estratégia, roguelite, ou para todos aqueles que querem apenas se divertir e realaxar. Assim sendo, desde os amantes mais hardcore do gênero, até os jogadores casuais, ambos os públicos serão atendidos muito bem!

Nota
Geral
9.0
cuisineer“Cuisineer”, apesar de não inovar o estilo, é uma grande certeza em um ano tão bom para indústria da décima arte (10ª arte). Esse jogo é obrigatório para todos os amantes de simulação, gerenciamento de recursos, estratégia, roguelite, ou para todos aqueles que querem apenas se divertir e realaxar. Assim sendo, desde os amantes mais hardcore do gênero, até os jogadores casuais, ambos os públicos serão atendidos muito bem!