Shadow of the Erdtree é a primeira expansão de Elden Ring, desenvolvida pela FromSoftware e distribuída pela FromSoftware e Bandai Namco. O jogo base, lançado em 2022, ganhou diversos prêmios, incluindo o prestigiado título de Jogo do Ano. Com essa expansão, a expectativa era alta: uma nova área e uma nova história esperavam a todos nós. Mas será que Shadow of the Erdtree faz jus ao legado de Elden Ring?
A Jornada para o Reino das Sombras
Para acessar o novo conteúdo, é necessário derrotar dois chefes principais da campanha: o Flagelo Estelar Radahn e o Lorde do Sangue Mohg. Depois de vencer esses desafios, você tem a opção de ser transportado para o reino das sombras. A primeira visão que tive ao entrar foi de tirar o fôlego: a Erdtree com um aspecto sombrio e envolta em véus transparentes, quase etéreos, dava a sensação de estar em outro mundo, e eu ironicamente realmente estava.
A paisagem sombria e melancólica é uma marca registrada dos jogos da FromSoftware, e Shadow of the Erdtree não decepciona nesse aspecto. No entanto, ao explorar essa nova área, percebi que os inimigos comuns eram surpreendentemente fortes. Mesmo tendo completado a campanha principal diversas vezes, senti que o começo desta expansão era significativamente mais difícil que a campanha principal.
Os novos bosses são, sem dúvida, mais bizarros que qualquer coisa vista anteriormente. O primeiro chefe que enfrentei, o Dancing Lion, um leão com partes humanas, foi particularmente impressionante. A intensidade da batalha foi fenomenal, com movimentos fluidos e habilidades poderosas. Essa luta foi uma das mais divertidas e intensas que já tive em Elden Ring.
Jogabilidade e Desafios
Se você espera mudanças significativas na exploração ou nas dungeons, pode se decepcionar. A expansão mantém a fórmula do jogo base, com exceção dos novos chefes e algumas mecânicas de mobs. Alguns inimigos são incrivelmente fortes, comparáveis aos chefes da campanha principal, enquanto outros são surpreendentemente fracos. Essa variação na dificuldade adiciona uma camada de imprevisibilidade ao jogo.
Shadow of the Erdtree introduz uma variedade de novas armas e magias. Uma das minhas favoritas foi a habilidade de invocar três espadas que flutuam ao redor do personagem e podem ser comandadas para atacar os inimigos. Embora não causem dano, elas atordoam os adversários, muitas vezes salvando-me de situações mortais. Em cerca de 30 horas de jogo, passei 20 delas morrendo para mobs, que são mais desafiadores que muitos chefes.
A campanha da expansão é relativamente curta, levando cerca de quatro horas para ser concluída. Explorar todo o mapa pode levar em torno de 20 horas, dependendo do seu estilo de jogo. A dificuldade é notavelmente maior que a do mapa principal, com inimigos comuns e elites apresentando desafios significativos. Além disso, há um dragão lindíssimo e uma batalha épica contra um deus.
Muitos inimigos foram reciclados do jogo base, o que pode desagradar alguns jogadores. No entanto, senti que eles se encaixavam bem no novo cenário, que é ainda mais tenebroso. A exploração continua sendo o ponto forte da expansão, com locais que despertam curiosidade e, às vezes, medo.
Aspectos Visuais Sonoros e Desempenho
Visualmente, Shadow of the Erdtree é deslumbrante. A ambientação é tão detalhada e imersiva quanto o jogo base. A trilha sonora é outro destaque, especialmente durante as lutas contra os chefes. A música intensifica a experiência, elevando a adrenalina e a emoção de cada batalha.
Minha experiência técnica com a expansão foi mista entre positiva e negativa, mas antes de entrar em detalhes, os requisitos recomendados para jogar a expansão são:
- Processador: INTEL CORE I7-8700K or AMD RYZEN 5 3600X
- Memória: 16 GB de RAM
- Placa de vídeo: NVIDIA GEFORCE GTX 1070 8 GB or AMD RADEON RX VEGA 56 8 GB
- Armazenamento: 60 GB de espaço disponível
Testei Elden Ring: Shadow of the Erdtree em um Ryzen 5 3600, RTX 4060 e 16 GB de RAM, com todas as configurações no máximo, incluindo Ray Tracing. Em áreas abertas, o desempenho foi estável, mas em ambientes fechados, o FPS caiu para cerca de 35. Desativar o Ray Tracing não melhorou a situação.
Conclusão
Shadow of the Erdtree oferece uma experiência que, embora não radicalmente diferente do jogo base, é incrivelmente desafiadora e visualmente impressionante. A história, embora interessante, não atinge a mesma profundidade da campanha principal. No entanto, o plot twist final é interessante. A expansão é um deleite para os fãs de Elden Ring, oferecendo novas batalhas épicas e uma ambientação sombria e rica em detalhes.