Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, desenvolvido pela Ryu Ga Gotoku Studio e publicado pela SEGA retorna com a nova saga de Kazuma Kiryu, yakuza lendário, forjando a própria morte para proteger sua família. Assumindo um codinome chamado “Joryu”, Kazuma acaba ameaçado e sua identidade pronta para ser revelada.

O jogo está repleto de combates, personagens interessantes, muitas atividades e a possibilidade de alternar entre os estilos de luta “Yakuza” e “Agente”. Em meio a tantas novidades Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name destaca-se entre os jogos da famosa franquia? Descubra em nossa análise!

Yakuza sempre foi uma franquia, reconhecidamente, apegada as tradições, sem realizar grandes alterações nos diversos jogos lançados. A mudança começou através de Yakuza Like a Dragon, com a exploração de ambientes em uma cidade, com foco no combate e demais adições no jogo. Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name começa alguns meses após os eventos de Yakuza 6 e assume o papel de escopo menor que os jogos anteriores, porém, repleto de atividades e missões adicionais além da campanha que prolongam ainda mais a vida do jogo.

No início, seguimos as atividades relacionadas a Akame, que recruta Kiryu para expandir uma rede de informantes. As motivações de Akame parecem boas e a expansão de suas atividades são grande parte da jornada no jogo. Em cada boa ação realizada em Sotenbori, ganhamos pontos exclusivos para o uso na compra de itens ou investindo em buffs. Investir em habilidades, desbloqueiam-se novas ou utiliza-se para o aumento de estatísticas, sendo os pontos importantes para o upgrade.

Esse sistema de missões são a base das missões secundárias, sempre ligadas a Akame. Kiryu constantemente explora narrativas de eventos de seu passado, contando com elementos emocionais, motivando o personagem ao confronto e reconhecendo dos danos que causou como um Yakuza. Nessas mesmas missões, uma quantidade elevada de dinheiro será obtida, além dos pontos mencionados, assumindo um papel gratificante.

Um tutorial detalhado demonstra os principais golpes e combos de Kiryu, indicando como atacar, agarrar inimigos, defesa com contragolpes frontais, movimentação para posição de combate, esquiva, golpe finalizador e combo acelerado.

Descobrimos também o recurso chamado “Dispositivo Aranha”, englobando uma espécie de linha fina sendo liberada pelo protagonista, capturando inimigos, puxando os mesmos para perto ou objetos que podem ser direcionadas sob nosso controle escolhendo a localização que serão arremessados.

Outro recurso especial é o “Surto de Cólera”, onde uma barra fica ativa sob a barra de vida, preenchida à medida que executamos ataques bem-sucedidos. Quando a barra atinge um determinado ponto, executamos técnicas de alto dano chamada “Surtos de Cólera”, disponível também no modo “Cólera Extrema”. Nesse modo, Joryu não será derrubado com facilidade, porém a barra do modo se esvazia conforme ele toma dano. No estilo Agente, novos dispositivos serão liberados além de dispositivos regulares, ativando nossas habilidades. No estilo Yakuza, os ataques ficam mais fortes, executando múltiplos surtos de Cólera seguidos afetando grande número de inimigos.

Dessa vez o foco é na luta em si e não na série de estilos e no limite da progressão visto em jogos anteriores. As atividades de lutas são constantes, sem também a necessidade de um sistema de experiência, com a aquisição de habilidade e demais opções compradas com dinheiro, transformando-se em algo objetivo e de fácil aprendizado para os novatos.

O estilo de ação será constante, também pausados pelas divertidas atividades secundárias. Na parte das lutas, os estilos Yakuza e Agente brilham, onde Yakuza já é conhecido do público, técnica utilizada por Kiryu, cuja vantagem é ótima contra inimigos mais complexos. O nodo agente, segue uma linha mais sofisticada, com a adição de elementos como cigarros explosivos, drones e muito mais.

Em Yakuza: Like a Dragon, observamos um combate em turnos, algo modificado em Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name, com apelo ao bom e velho beat ‘n up, incorporado as novas técnicas, brilha em sua execução. O combate é envolvente e fiquei pasma com as finalizações brutais, sendo que outras eram engraçadas.

Apesar de tantos elogios, devo salientar que o mapa do jogo é limitado, com poucos locais ao longo da narrativa principal e outros nas atividades secundárias e ficam repetitivas conformes vamos e voltamos nos locais dentro das missões. Para aqueles que não sabem, o jogo seria um DLC de Like a Dragon: Infinite Wealth, com a mudança efetuada pela Ryu Ga Gotoku Studio, o que foi acertado, em minha opinião. O game merece sim um lançamento solo, de destaque, pois proporciona uma notável e maluca variedade de ações a atividades dignas de um investimento e divulgação solo.

As atividades extras são excelentes e divertidas, sempre disponíveis por Sotembori. Desde um circuito de carros estilo autorama, karoke, cassinos, jogos famosos da SEGA para serem jogados e muito mais. Embora pequeno, o distrito está sempre cheio de pessoas e locais que Kiryu pode interagir, até mesmo escondidos para exploração, com personagens intrigantes.

Visualmente, Like a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name é belíssimo, repleto de animações deslumbrantes, demonstrando melhorias significativas em relação aos jogos anteriores, com ambientes repletos de vida, cores vivas, movimentação de personagens fluídas, tudo se encaixando entre golpes e diversão.

As ruas de Sotenbori e suas animações me encantaram à noite, com luzes, letreiros sobressaindo na tela com suas cores, elevando a energia contagiante do local. Os locais de possível visitação por Kiryu também são belíssimos.

Destaque também para a trilha sonora e os momentos no karaokê. Mesmo sem uma dublagem em português, nota-se o belíssimo trabalho executado. O jogo está totalmente em português, o que ajuda e muito na imersão e compreensão das atividades propostas.

O título é um excelente spin-off, que ousa destacar-se entre os jogos da franquia de sucesso e acerta, imprimindo elementos narrativos dramáticos, momentos engraçados e um combate fora de série. Dinâmico, proporciona um sistema de progressão competente, repleto de atividades secundárias, dando um frescor ao universo já conhecido. Vale a pena cada minuto jogado.

Nota
Geral
9.0
like-a-dragon-gaiden-the-man-who-erased-his-nameLike a Dragon Gaiden: The Man Who Erased His Name preza pela qualidade, apesar das pequenas limitações. É uma experiência divertida, com conceito eficaz, um prato cheio para todos que amam um bom beat n’ up. É uma história que te manterá preso do início ao fim.