Monster Hunter Wilds – Uma Nova Era Para a Caçada
A franquia Monster Hunter está no mercado há muitos anos, evoluindo a cada nova entrada. Meu primeiro contato com a série foi no PS2 e PSP, e anos depois Monster Hunter World me encantou com sua liberdade e mundo mais dinâmico. Quando Monster Hunter Wilds foi anunciado, minha empolgação foi imediata – a Capcom prometia uma evolução ambiciosa, trazendo um mundo aberto contínuo, onde a exploração e a interação com o ambiente atingiriam um novo nível.
Uma História Mais Profunda
Diferente das entradas anteriores, onde a narrativa servia apenas como pano de fundo para a caça, Wilds aposta em um enredo mais envolvente e personagens memoráveis.
A trama se desenrola nas Terras Proibidas, uma região inóspita repleta de mistérios. O protagonista conhece Nata, um jovem de uma tribo local cujo vilarejo foi devastado pelo temido Espectro Branco – uma criatura colossal que mais parece um fenômeno natural do que um simples monstro. Esse evento marca profundamente a jornada de Nata, trazendo um tom mais sombrio para a narrativa.
O que diferencia Wilds de seus predecessores é o envolvimento emocional que a Capcom conseguiu criar. Nata não é apenas um NPC que entrega missões; ele cresce ao longo da história, enfrentando seus traumas e dúvidas. Sua relação com o protagonista adiciona peso às missões, especialmente conforme segredos sobre o Espectro Branco começam a ser revelados.
Além disso, o mundo não apenas parece vivo – ele conta uma história. Os biomas não são meros cenários estáticos: tempestades de areia, chuvas torrenciais e mudanças bruscas de temperatura não só impactam a jogabilidade, mas também reforçam a narrativa, tornando o ambiente um elemento ativo na experiência.
A progressão da história é marcada por reviravoltas surpreendentes. O Espectro Branco não é apenas um inimigo poderoso; ele representa o desequilíbrio ambiental, resultado das ações humanas e de antigos monstros. Essa dualidade entre caçador e protetor torna a trama mais complexa e envolvente.
Combate Refinado e Estratégico
O combate de Monster Hunter Wilds mantém a intensidade e profundidade características da série, mas agora com mecânicas aprimoradas que elevam a experiência. Todas as 14 armas receberam ajustes, expandindo as possibilidades de estilo de jogo. Cada golpe agora tem mais fluidez, tornando as batalhas ainda mais satisfatórias.
Pessoalmente, o combate me surpreendeu positivamente. A movimentação refinada dá um novo ritmo às lutas, tornando cada confronto mais dinâmico. Testei diversas armas e percebi mudanças sutis que fazem a diferença – o impacto dos golpes está mais responsivo, e algumas novas ações garantem ainda mais possibilidades estratégicas.
A criação de personagens também merece destaque. O nível de personalização está impressionante, permitindo ajustes detalhados para que cada jogador possa criar um caçador único. Esse detalhe pode parecer pequeno, mas aumenta significativamente a imersão.
Exploração Sem Limites
Uma das maiores evoluções de Wilds é a transição para um mundo totalmente aberto e sem telas de carregamento entre áreas. Isso faz com que a exploração seja mais fluida e natural, permitindo que os jogadores se movimentem sem interrupções bruscas.
Cada bioma tem sua identidade única, com ecossistemas que reagem ao clima e às ações do jogador. Ver predadores caçando presas e tempestades alterando o comportamento das criaturas adiciona uma camada extra de realismo.
Montaria e Mobilidade Aprimoradas
A introdução do Seikret, a nova montaria, é uma das adições mais notáveis. Além de facilitar a locomoção pelo vasto mundo, ele permite que os jogadores carreguem duas armas distintas, tornando a jogabilidade mais versátil. Alternar entre diferentes estilos de combate sem precisar voltar para a base traz uma liberdade inédita à franquia.
O Seikret também possui sua própria personalidade e mecânicas, reagindo ao ambiente e até ajudando em batalhas de forma estratégica.
Desempenho e Problemas Técnicos
Visualmente, Monster Hunter Wilds impressiona, mas, infelizmente, encontrei alguns problemas técnicos durante minha jogatina no PC. Testei o jogo em um Ryzen 5 3600, RTX 4060 e 16GB de RAM, e percebi que ele sofre com problemas no carregamento de texturas, independentemente da quantidade de VRAM disponível. Mesmo ajustando as configurações, ao virar a câmera, algumas texturas demoravam cerca de um segundo para carregar.
Além disso, ocasionalmente o FPS caía drasticamente, e o desempenho só se estabilizava ao abrir e fechar o menu – um bug estranho que não consegui entender completamente.
Apesar disso, a Capcom já anunciou que pretende lançar atualizações para corrigir esses problemas e expandir o conteúdo, incluindo novos monstros, como o Mizutsune.
Uma Nova Era Para Monster Hunter
Monster Hunter Wilds representa um salto evolutivo para a franquia. O mundo aberto contínuo, o combate refinado e a narrativa mais envolvente tornam esta a experiência mais ambiciosa que a Capcom já entregou. A exploração dinâmica e as novas mecânicas trazem um frescor bem-vindo, elevando o padrão da série.
Os problemas técnicos são um incômodo, mas não ofuscam a grandiosidade da experiência. Com futuras atualizações, Wilds tem tudo para se consolidar como um dos melhores jogos da franquia.
Agradeço imensamente à Nuuvem pela chave fornecida para esta análise, permitindo-me vivenciar e compartilhar esta experiência única.