Eu estava entre aqueles que começaram sua jornada em New World lá no lançamento, antes de qualquer expansão. De lá para cá, o jogo passou por várias mudanças, mas nenhuma tão significativa quanto a nova “expansão” ou atualização, New World: Aeternum. Lançada em 15 de outubro de 2024, a expansão é uma fusão de atualização, remasterização e evolução da experiência original, e foi legal ver o jogo chegar a um novo patamar.
A grande surpresa foi a chegada do jogo aos consoles, com suporte a cross-play entre PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S, o que abriu as portas para um público ainda maior.
Uma Atualização Gratuita – Mas Nem Para Todos
Um dos aspectos mais interessantes desta expansão é o modelo de distribuição. Para os jogadores que já possuem o New World base e a expansão anterior, Rise of the Angry Earth, Aeternum chega como uma atualização gratuita, algo muito bem-vindo. No entanto, se você só tiver o jogo base, será necessário adquirir Rise of the Angry Earth para acessar o novo conteúdo. Essa escolha de modelo faz sentido, já que a expansão não é apenas uma adição simples, mas traz mudanças profundas que renovam a jogabilidade.
Para mim, que joguei o New World antes dessas expansões, foi interessante ver como a Amazon Games abordou essa questão. Ao contrário de outras atualizações pagas, Aeternum entrega uma quantidade de conteúdo significativo gratuitamente para muitos jogadores, criando um senso de inclusão para os veteranos que investiram no jogo ao longo do tempo.
O Que Há de Novo em Aeternum?
A expansão Aeternum trouxe uma série de novidades que transformam a maneira como exploramos o mundo de New World. A primeira delas é o aumento do nível máximo para 65, um salto considerável que abre novas possibilidades de builds e progresso. O Gear Score agora pode ser elevado a 700, o que dá aos jogadores veteranos a chance de otimizar suas configurações de combate ao máximo.
A nova área, Elysian Wilds, é uma adição massiva ao jogo. Repleta de perigos e dominada pela líder da Angry Earth, Artemis, essa região desafia os jogadores a explorarem florestas densas e montanhas traiçoeiras, enquanto enfrentam uma nova gama de inimigos. O visual é impressionante, com paisagens exuberantes e cenários diversificados que me fizeram parar para admirar a beleza selvagem de Aeternum em vários momentos.
Mas a maior novidade, e algo que a comunidade vinha pedindo há tempos, são as montarias. Elas foram introduzidas em Rise of the Angry Earth e agora fazem parte da experiência de Aeternum, permitindo que os jogadores cubram distâncias longas de forma mais eficiente. Antes da expansão, a locomoção no jogo era um dos maiores desafios, com longas caminhadas de uma missão para outra. Agora, com montarias à disposição, essa tarefa se tornou muito mais ágil e, sinceramente, tornou a exploração mais divertida. Foi realmente satisfatório ver que a Amazon Games atendeu esse pedido, adicionando essa mecânica ao jogo de forma sólida e bem integrada.
Armas Novas e Progressão
Além das montarias, outra novidade marcante é a adição do Flail, uma arma que combina combate corpo a corpo com habilidades mágicas, permitindo buffs para aliados e debuffs para inimigos. Jogando com o Flail, me senti mais versátil em combate, especialmente em cenários PvE, onde era possível alternar entre causar dano e oferecer suporte ao meu time.
O sistema de progressão também foi atualizado, com novos tipos de equipamentos chamados Artefatos. Esses itens poderosos permitem uma customização ainda maior das builds, trazendo novas estratégias de combate e táticas que fazem diferença tanto no PvE quanto no PvP.
Desafios PvE e PvP
Falando em PvE, Aeternum introduziu uma nova expedição, Savage Divide, destinada a jogadores de nível 60+. Foi um desafio formidável que exigiu bastante coordenação e estratégia para enfrentar os inimigos mais poderosos. É exatamente o tipo de conteúdo que os jogadores veteranos estavam esperando, com recompensas que realmente fazem valer a pena o esforço.
Outra novidade interessante são os Endgame Solo Trials, que me permitiram testar minhas habilidades em desafios PvE projetados especificamente para jogadores solo. Essa adição foi bem-vinda, já que nem sempre é fácil reunir um grupo de jogadores, e esses desafios individuais mantêm o jogo interessante para quem prefere jogar sozinho.
No lado PvP, a nova zona de batalhas territoriais em larga escala trouxe combates ainda mais intensos. O sistema de facções, um dos pilares do jogo desde o início, recebeu atualizações para tornar as lutas por territórios mais emocionantes e estratégicas. A competição por controle de áreas importantes de Aeternum continua sendo um dos grandes atrativos do jogo, e com a expansão, essas batalhas territoriais só ficaram mais dinâmicas.
Desempenho e Gráficos
Quanto ao desempenho, joguei New World: Aeternum com um Ryzen 5 3600, RTX 4060 e 16 GB de RAM, e a experiência foi bastante sólida. Consegui manter uma média de 80 FPS em áreas mais tranquilas, como florestas ou vilas pequenas. No entanto, ao entrar em cidades maiores ou zonas com muitos objetos e NPCs, notei algumas quedas bruscas de FPS, especialmente quando as áreas estavam sobrecarregadas com efeitos visuais e tráfego de jogadores. Ainda assim, o jogo rodou de forma consistente, e considerando a complexidade dos cenários e a riqueza dos gráficos, o desempenho foi satisfatório.
Os visuais em Aeternum continuam a ser um dos pontos altos do jogo. Com configurações no máximo em 1080p nativo, a riqueza de detalhes nas paisagens e nos efeitos de iluminação tornam cada região uma obra de arte. O mundo de New World é imersivo e visualmente deslumbrante, e com a nova área Elysian Wilds, essa qualidade gráfica se manteve à altura, oferecendo um ambiente que realmente convida à exploração.
Renascimento de um Mundo Eterno
New World: Aeternum é uma expansão que representa a maturidade de um jogo que começou cheio de promessas, mas que agora se concretiza em uma experiência robusta e fascinante. A adição de montarias, novas áreas para explorar, e o aumento do nível máximo são apenas a superfície de uma transformação muito mais profunda. A Amazon Games, ao invés de abandonar seu projeto, abraçou os desafios e críticas, entregando uma expansão que não apenas revitaliza o jogo, mas reestabelece sua posição no cenário dos MMORPGs.
O mais marcante é ver como o mundo de New World continua vivo e dinâmico. Cada atualização, cada nova mecânica e conteúdo mostram que Aeternum é um universo em constante evolução, onde a exploração, o combate e a interação social estão sempre mudando e se expandindo. Como alguém que esteve presente desde o início, é empolgante ver o jogo finalmente entregando o que sempre prometeu: um mundo vasto, repleto de possibilidades, onde cada decisão impacta diretamente na sua jornada.
Seja você um explorador veterano ou um novato recém-chegado a este universo, New World: Aeternum oferece uma nova vida ao MMORPG, provando que, em Aeternum, o tempo nunca para e a aventura nunca tem fim. O renascimento do jogo é não apenas uma conquista técnica, mas um lembrete de que grandes histórias só estão começando – e New World ainda tem muitas para contar.