Quando terminei Prince of Persia: The Lost Crown, fiquei ansioso por mais, e a expansão Mask of Darkness chegou como uma promessa de reviver essa experiência. Desde o começo, algo estava diferente. Ao adentrar no jogo, somos levados para O Refúgio, o ponto central de todo o game, como se fosse o local principal e central de tudo. É lá que Neith pede nossa ajuda para derrotar Radjen. No entanto, logo no início, somos enganados e jogados em uma dimensão paralela. A partir daí, a história começa a se desenrolar.

Embora a trama tenha um começo interessante, devo admitir que faltou algo para alcançar o nível da campanha principal. O enredo tem potencial, mas não consegue superar ou mesmo igualar o original, deixando um leve gosto de frustração. O que poderia ser um tempero extra acabou se tornando uma história que, apesar de boa, não se destaca tanto.

Desafios de Precisão

No quesito gameplay, Mask of Darkness segue o que já vimos antes, mas com um foco maior na exploração do que no combate. Logo de início, somos perseguidos por um olho gigante, o que me rendeu várias mortes antes de entender o padrão. Mas devo confessar: a frustração rapidamente se transformou em determinação. O parkour é mais desafiador, exigindo precisão em cada movimento. E, apesar do desafio, passar por cada trecho difícil trouxe uma satisfação enorme. Esse é o tipo de dificuldade que mexe com a gente e nos faz continuar.

O combate, por outro lado, é uma faca de dois gumes. Não aparece com a mesma frequência da campanha principal, e perder quase todo o progresso que havíamos acumulado pode ser desanimador para alguns. Apesar disso, o combate em si está fácil demais, o que é uma pena, já que esperava mais dificuldade para compensar a perda das habilidades.

Uma das mudanças que me chamou a atenção foi a remoção do guia que nos direcionava no mundo das missões. Em Mask of Darkness, a exploração é por nossa conta, e confesso que gostei bastante disso. Há novas armadilhas e puzzles que, apesar de simples, podem nos deixar perdidos por um tempo. Essa dinâmica de descoberta trouxe uma boa dose de frescor, e mesmo quando me via em locais desconhecidos, sem saber o que fazer, a experiência de tentar resolver os enigmas por conta própria foi bem gratificante.

Beleza em Cada Detalhe

Visualmente, Mask of Darkness mantém o padrão altíssimo de qualidade. A arte cartoon continua lindíssima, e a trilha sonora é arrebatadora. A música, em particular, me arrepiou em diversos momentos, intensificando a imersão no jogo. Em termos de desempenho, meu setup com Ryzen 5 3600, RTX 4060 e 16 GB de RAM rodou a expansão de forma impecável, atingindo 127 FPS com todas as configurações no máximo em 1080p nativo. Não encontrei bugs ou problemas técnicos que mereçam ser mencionados.

A Expansão que Poderia Ser Mais

Prince of Persia: The Lost Crown – Mask of Darkness entrega uma boa dose de nostalgia e desafio, mas no geral, senti que faltou algo. O enredo não é tão impactante quanto eu esperava, e o combate, apesar de funcional, está longe de ser desafiador. As mudanças no foco da gameplay e a exploração sem guias foram aspectos positivos que renovaram um pouco a fórmula, mas no fim das contas, a expansão não atendeu às minhas expectativas. É divertida, tem seus momentos de brilho, mas não se destaca tanto quanto a campanha principal. Fiquei com a sensação de que Mask of Darkness poderia ter sido muito mais.

Nota
Geral
7.0
prince-of-persia-the-lost-crown-mask-of-darknessPrince of Persia: The Lost Crown – Mask of Darkness tem seus momentos de brilho, mas no geral, deixa a desejar. Apesar da boa exploração e visuais encantadores, a história falta impacto e o combate poderia ser mais desafiador. É uma expansão divertida, mas que não alcança o potencial que esperava.