Quando Resident Evil 2 Remake chegou ao mercado, em 2019, todos começaram a especular sobre a volta do querido Resident Evil 3 e seu icônico vilão Nemesis. Não deu outra, como veremos a seguir, os títulos foram feitos simultaneamente e determinados momentos da aventura nos mostram bem isto.
Em poucas horas, após seu lançamento, opiniões divergentes entre críticos e fãs começaram a surgir. Agora é a vez da Gamer Point dar sua opinião na forma de artigo, espero que apreciem.
Resident Evil 3 (Remake) é um jogo do gênero Survival Horror desenvolvido e publicado pela Capcom. Lançado no dia 3 de abril de 2020, trata-se de uma “releitura” dos eventos ocorridos no clássico jogo de 1999. Atualmente se encontra disponível para o Playstation 4, Xbox One e Microsoft Windows.
Abaixo segue o trailer de Resident Evil 3 (Remake).
Curiosidade 1: Até o fechamento deste artigo não foram divulgados números confiáveis quanto às unidades vendidas de Resident Evil 3 até o presente momento, mas tudo indica que está se saindo bem, já que ele se encontra entre os títulos mais vendidos em listas recentes de vários países. Bom saber que a as opiniões divergentes a respeito de sua qualidade podem não afetar futuras sequências. Atingir a marca de 5 milhões de Resident Evil 2 Remake não será fácil, mas quem sabe chega perto.
Bastidores da versão clássica e do Remake
O sucesso de Resident Evil 1 era uma dúvida para a CAPCOM nos anos 90, mas após as vendas de sua sequência foi claro para a empresa que a franquia de zumbis iria merecer uma atenção especial, com jogos novos e portes para os consoles daquela geração. Entre estes havia o Dreamcast que estava “no forno” com a promessa de uma potência de hardware inacreditável para aquilo que havia disponível naquela geração. A SEGA ainda esperava o cumprimento da promessa da CAPCOM de fazer um Resident Evil exclusivo para o seu console e, até aquele momento, tinha, apenas, recebido uma versão atrasada do primeiro jogo.
Abaixo seguem imagens comparativas da versão Remake com a clássica de Resident Evil 3.
A CAPCOM, entre tantos projetos para a série, decidiu fazer um grande jogo canônico que seria exclusivo da máquina Dreamcast. Infelizmente, a Sony, aparentemente, não ficou muito feliz e exigiu que um terceiro jogo numerado fosse lançado para o primeiro PlayStation, visto que contratos assinados obrigavam a CAPCOM a tanto. Em suma, O projeto ambicioso acabou recebendo o nome de Code: Verônica e algo inédito, aproveitando a engine “polida” de Resident Evil 2, chegaria ainda naquela geração para o console da Sony, nascendo assim Resident Evil 3: Nemesis (Last Scape, no Japão).
Como a protagonista, foi decidido que Jill seria a melhor escolha, devido ao fato de se passar em Raccoon em um período de tempo “concomitante” ao de Resident Evil 2 (o que impediria ser Leon e Claire), assim como haveria a impossibilidade da presença de Chris, uma vez que o enredo de Code: Verônica estava pronto e o personagem comprometido em outro lugar, longe do epicentro da epidemia.
Quando falamos em Resident Evil 3 a primeira imagem que vem na cabeça de todos é Nemesis, inimigo este que acabou se tornando o mais popular monstro de toda franquia. Segundo o produtor do título original, Shinji Mikami, sua principal inspiração de um inimigo incansável, insistente e incapaz de ser derrotado definitivamente pelo protagonista veio do clássico filme de ficção científica Exterminador do Futuro 2, em que o androide T-1000 inferniza a vida dos personagens até o último momento.
Quanto ao Remake, ainda não há muitos detalhes de sua produção até o momento, mas vamos a eles: Segundo consta, seu desenvolvimento se deu durante 3 anos, o que significa que ocorreu simultaneamente ao remake de Resident Evil 2; sua engine foi a, já popular, RE Engine, responsável por grandes games, como Resident Evil 7, 2 Remake e Devil May Cry 5. Momentos antes de ser oficialmente anunciado, a CAPCOM apresentou seu modo multiplayer Resistance, como um título único, o que gerou polêmica entre os fãs.
Tudo não passou de uma estratégia da empresa para aumentar a expectativa acima deste game. Por fim, vale dizer que os produtores buscaram fazer esta versão mais realista do que a proposta original, mudando, por exemplo, as vestimentas da protagonista e gerando determinadas alterações na trama principal.
Curiosidade 2: Poucos sabem, mas nos primeiros rascunhos do que viria a ser o Resident Evil 3 clássico, tínhamos Hunk (personagem do segundo título) como protagonista que, em sua trama, deveria levar o G-vírus em segurança até seu objetivo, não somente na saída de Raccoon City, mas também sobrevivendo a um surto dentro de um navio transatlântico. Devido ao fato deste jogo ser muito elaborado para o tempo que tinham disponíveis para a entrega do produto, acabou sendo cancelado.
Abaixo imagens do personagem Hunk.
Enredo
Aqui no enredo iremos abordar brevemente os fatos ocorridos anteriormente ao início da trama, para que os jogadores que nunca jogaram não “caiam de paraquedas” em meio à ação deste título. Assim como, também, abordar o início desta aventura; nada que possa atrapalhar a experiência daqueles que ainda não aproveitaram este grande game.
Nos anos 60 do século 20 os empresários/cientistas Ozwell E. Spencer, Edward Ashford e James Marcus fundam a empresa farmacêutica Umbrella com o intuito de fazerem armas biológicas através da descoberta do vírus Progenitor, extraído da flor Sonnentreppe em uma ruína na África. Nos anos 70, James Marcus já consegue atingir uma grande estabilidade no controle do Progenitor através de sanguessugas usadas como hospedeiros intermediários do vírus.
Em meados dos anos 80, Edward Ashford e James Marcus já estão mortos, assim sendo, o ambicioso Ozwell Spencer passa a comandar tudo conforme seus interesses. Neste mesmo período, laboratórios da Umbrella localizados em Paris possuem avanços em um novo e promissor parasita, o NE-Alfa. Os pesquisadores Albert Wesker e William Birkin conseguem acesso a amostras deste organismo e a injetam em sua principal cobaia, Lisa Trevor. Do resultado deste experimento se dão os inícios dos estudos sobre o G- Vírus.
Com a chegada dos anos 90, a Umbrella já possuía grande poder sobre a segurança e economia da cidade Raccoon, principalmente após ter “comprado” o chefe de polícia local, Brian Irons. Neste contexto, o Serviço Especial de Táticas e Resgate (S.T.A.R.S) é formado, possuindo Alber Wesker como capitão das duas equipes (Alpha e Bravo), sendo este “plantado” lá pela Umbrella.
O fatídico ano de 1998 chega e o laboratório das Montanhas Arklay é contaminado pela Sanguessuga Rainha, gerando uma epidemia localizada. Em poucos dias, jornais sensacionalistas começam a relatar a presença de monstros na parte florestal da cidade. As equipes Bravo e Alpha são mandadas de helicópteros para tentar entender os mistérios de lá. Após diversos eventos, alguns sobreviventes saem vivos do local, entre eles temos: Chris Redfield, Barry Burton, Jill Valentine e Brad Vickers.
De volta ao departamento de polícia, os sobreviventes tentam desmascarar a Umbrella, porém, Brian Irons impede seus avanços, alegando que a história de monstros era absurda demais para ser verdade. Assim, cabe aos S.T.A.R.Ss investigarem a empresa farmacêutica de forma independente. Barry, inicialmente, tem a prioridade de buscar um refúgio para sua família no Canadá; Chris vai até a Europa encontrar provas nos laboratórios localizados no velho continente; Brad não faz nada de útil; enquanto Jill fica em Raccoon procurando o maior número de indícios dos experimentos da Umbrella na cidade.
Em pouco mais de 2 meses após os eventos nas Mansões das Montanhas Arkley relatos de canibalismo voltam a surgir na periferia da cidade, assim como as primeiras transformações são relatadas no hospital de Raccoon City. No dia seguinte, mortos já eram vistos caminhando pelas ruas principais do centro de Raccoon. Neste contexto temos o cenário que permeia o início das campanhas de Resident Evil 2 e 3.
OBS: Com relação ao enredo do Remake, quando comparado com o clássico, tenho a informar que muitas mudanças foram feitas. Assim como em Resident Evil 2 Remake, NPCs foram muito valorizados, inclusive acrescentando alguns que sequer apareciam dentro do enredo do terceiro capítulo da série.
Infelizmente, alguns cenários icônicos de Raccoon não apareceram desta vez, mas outros surgiram; destaque para os momentos de tensão no prédio em construção, ou as aventuras nos esgotos. Infelizmente muitos críticos e jogadores citam apenas os cortes e ressaltam pouco as novidades. Enfim, vale a pena prestar atenção nestes detalhes citados.
Curiosidade 3: Uma notícia, bastante recente, foi o anúncio de que a Steamforged informou que no dia 28 de abril de 2020 será aberto uma campanha de financiamento coletivo, através do Kickstarter, para a produção de um jogo de tabuleiro baseado em Resident Evil 3. Segundo o anúncio, será possível jogar entre 1 (sei lá como) e 4 jogadores, assim como a campanha terá mais de 20 horas de duração (sem piadas e analogias, por favor).
Análise Técnica
O produtor de Resident Evil 3 Remake, Masachika Kawata, foi muito mais ousado que Yoshiaki Hirabayashi na produção do remake da segunda versão. A liberdade criativa foi enorme, deixando tudo com um tom maior de referência do que precisamente se tratar do mesmo jogo. Assim, vemos diálogos e cenas que remetem a momentos diversos das esperadas pelos veteranos na franquia desde os anos 90.
Os gráficos estão incríveis; não são os melhores vistos nesta geração, mas percebemos um leve polimento da RE Engine desde sua utilização em Resident Evil 2 Remake. Os cenários estão detalhados e vale a pena parar durante os momentos de tensão para observar o que nos rodeia.
Particularmente, o que sempre me atraiu a atenção no terceiro jogo, era que, finalmente, conhecemos Raccoon City, não ficando restritos à mansão ou à delegacia de polícia. Aqui conhecemos o caos causado pelo vírus na cidade repleta de barricadas pelas ruas. Estas imagens: do hospital, centro e bares, nos fazem pensar o que se passou por ali durante o pico da epidemia.
A diversão é o grande foco por trás deste título. Ao contrário de Resident Evil 1 e 2 que possuem uma característica menos linear, no estilo próximo dos “Metroidvanias”, em Resident Evil 3 temos uma ação frenética com poucas idas e vindas nos mesmos cenários. Como já dito anteriormente, atravessamos a cidade de Raccoon buscando nossa sobrevivência enquanto fugimos da, talvez, maior arma biológica já feita pela Umbrella.
A franquia Resident Evil possui esta marca de mudar sensivelmente sua fórmula através dos jogos principais da saga, os clássicos já eram assim e esta versão acentuou estes pontos. Momentos “cinematográficos” de tirar o fôlego ocorrem a todo momento, um exercício para os reflexos e para o coração também.
A jogabilidade, quando comparado com seu antecessor, teve como principal acréscimo a presença da esquiva, que foi muito bem vinda. Lembro que quando joguei o título anterior me perguntei porque não haviam colocado; aqui está presente e ajuda muito, deixando a personagem, até mesmo, “com recursos demais” em alguns momentos, o que pode diminuir a dificuldade total do jogo. Por fim, as facas não são mais desgastáveis, assim como não há itens de reação para os momentos críticos.
A dificuldade do título está semelhante a toda sua franquia, não sendo frustrante. Caso você, jogador, seja estreante neste tipo de gênero, a minha dica é saber administrar seu inventário, pensando bem antes de usar determinado item, já que é típico eles serem escassos. Fora isto, é prestar atenção e evitar combates que aparentemente são desnecessários. Quanto ao Nemesis, ele está incrível e cumpriu as expectativas colocadas sobre ele, principalmente após o sucesso do Mr. X, mas iremos falar mais dele a seguir.
O fator replay do jogo é baixo. Com uma campanha sem múltiplos finais ou escolhas, como haviam na versão clássica, a principal razão para jogarmos novamente está nos fatores: buscas por troféus, utilização de itens desbloqueáveis e rever a alta diversão proporcionada durante toda a partida. O modo multiplayer, Resistance, certamente foi acrescentado visando estender a vida útil do game com o típico 4 x 1, dos populares títulos atuais, para os fãs deste tipo de game, sem dúvidas é uma grande pedida.
O tempo de campanha tem sido o ponto mais polêmico entre os fãs e críticos, tratando-se de cerca de 7 a 8 horas quando jogado pela primeira vez, isto se o jogador ler os arquivos com calma, assistir as cenas e não sair correndo “desenfreadamente”. O título clássico também era mais curto que os demais, por esta razão não estranhei tanto. Sem dúvidas, gostaria de uma aventura maior e sabemos que isto seria possível caso fosse vontade dos desenvolvedores. Apenas destaco isto como algo que poderia ser melhor. Acredito que o modo Resistance tenha sido acrescentado visando preencher esta lacuna, mas o que for melhor vai depender da opinião e gosto daquele que jogar.
A trilha sonora de Resident Evil 3 foi composta por Kota Suzuki e Azusa Kato e está muito competente, sendo bastante tensa em sua maior parte e saudosa, quando retornanda com versões das músicas clássicas. Desculpe este pequeno spoiler, mas o remix da incrível música de encerramento de Resident Evil 3 clássico conseguiu ficar ainda melhor agora, meus parabéns aos envolvidos.
Este seria um dos quesitos que eu diria que ficaram superiores quando comparado com o Resident Evil 2 Remake. Os efeitos sonoros, como de costume, são incríveis, com um excelente trabalho de dublagem, barulhos emitidos pelos monstros e explosões, entre outros. Se possível, jogue com fones de ouvido.
Abaixo segue a trilha sonora completa de Resident Evil 3 Remake.
Curiosidade 4: Poucos sabem, mas em 2003 foi lançado um título spinoff inspirado no terceiro capítulo da trama principal da franquia, chamado de Resident Evil: The Missions. Seu gameplay consiste em diversas missões de baixa duração, que vão desde resgate de pessoas até enfrentar determinados inimigos, incluindo Nemesis. Uma segunda versão do jogo, esta chamada de Biohazard: The Stories, foi lançada exclusivamente no território japonês no ano de 2004. Para fechar esta trilogia, em 2007 foi a vez do jogo Biohazard: The episodes. (Todos para dispositivos móveis).
Abaixo duas imagens de Resident Evil: The Missions.
Bestiário
Abaixo vamos falar sobre alguns inimigos encontrados durante a campanha de Resident Evil 3 Remake. Não falarei de todos para evitar demasiados spoilers para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de jogar este grande lançamento. Infelizmente alguns inimigos foram removidos, por outro lado outros foram acrescentados. Vamos a alguns deles:
– ZUMBI: O inimigo mais clássico de toda a franquia. Seu comportamento está idêntico ao do Resident Evil 2 Remake, sendo bastante resistente e com um andar cambaleante, que nos faz errar tiros quando miramos em sua cabeça. Devido ao caráter mais linear presente neste jogo, não presenciamos, de forma relevante, seu deslocamento por entre as salas. Trata-se de um perigo para os jogadores apenas quando está em bando.
Sua origem se dá pela contaminação de humanos pelo T- Vírus de forma indireta, ocorrendo principalmente pela mordida de um infectado. Obs: Há duas variações de zumbis neste título que, na verdade, são inimigos inéditos; não irei descrevê-los aqui para não estragar a surpresa dos jogadores.
– CERBERUS: São cães da raça Doberman que escaparam da delegacia de polícia após serem contaminados pelo T- Vírus. Interessante que, ao contrário dos seres humanos que ficam mais lentos após tornarem-se zumbis, os cães mantêm sua agilidade. Devido a velocidade que nos atacam, o ideal muitas vezes é tentar ignorá-los.
– LICKER (Lambedores em português): Na tradução recebeu o nome de Carniceiros (realmente lambedor ficaria estranho). Estava ausente no Resident Evil 3 clássico, mas surgiu aqui, o que faz sentido devido a um dos locais por onde a aventura se passa.
Sua origem se dá por uma nova mutação em um zumbi que entra em contato pela segunda vez com o T- Vírus. Tudo indica que a transformação, também, se dá quando o infectado fica muito tempo sem se alimentar, o que provoca uma evolução forçada no hospedeiro, fazendo dele um melhor caçador capaz de conseguir alimento.
Sua forma física é semelhante a de um grande humano que foi esfolado. São muito fortes, com capacidade de andar pelas paredes e teto, são rápidos e sua língua de grande cumprimento é capaz de causar grandes estragos por ser afiada.
Seu ponto fraco está no fato de serem cegos, já que seu cérebro cresce desproporcionalmente, arrebentando a caixa craniana e extirpando os olhos. Por outro lado, sua audição e olfatos são evoluídos, ainda assim, alguns jogadores conseguem passar por vários deles sem serem notados.
– HUNTER (Caçador em português): Depois de não aparecer no Remake de Resident Evil 2 (o que já era esperado), o terror dos jogadores está de volta neste capítulo. Assim como sabemos, ele é extremamente ágil e forte, possui uma carapaça em sua cabeça que o protege contra danos fatais até ser destruída. Possui várias formas de ataque e muitas vezes é difícil prever o seu comportamento, valendo ressaltar que seu famoso golpe “1-hit-kill” está presente aqui.
O próprio jogo aconselha não economizarmos armamento pesado quando os encontramos. Seu modelo base é o MA – 121 e trata-se da primeira B.O.W (arma bio-orgânica) criada pela Umbrella nos laboratórios localizados nas montanhas Arkley. Sua origem se deu através da fusão entre um óvulo humano, DNA reptiliano e o T–Vírus.
– GAMMA (“Frogger” – sapo em português): Este será o único inimigo inédito que irei trazer aqui. Na verdade, o Gamma estava presente na versão clássica, mas ele era extremamente parecido com o Hunter, por isso pode ser considerado um adversário inédito. Aqui seu tamanho foi ampliado e possui um comportamento de combate bastante diferenciado. É lento, cego, possui a necessidade de viver em ambientes húmidos e possui uma grande sensibilidade ao calor, principalmente dentro de sua boca.
Por estes motivos acabou sendo descartado como uma B.O.W economicamente viável. Ainda assim, pode engolir um humano adulto com apenas uma mordida, visto o grande tamanho de sua boca e alta capacidade de deglutição. Sua origem se deu pela fusão de D.N.A anfíbio, óvulo humano e o T-vírus. A dica é possuir um lançador de granadas com munição de fogo por perto.
– NEMESIS: O grande protagonista de Resident Evil 3 é na verdade a primeira B.O.W, realmente, inteligente criada pela Umbrela. Seu parasita NE-Alfa, implantado em sua medula, cria uma espécie de segundo cérebro, permitindo que sua capacidade de força, regeneração, mutação e assimilação de ordens sejam superiores aos modelos de Tyrants criados antes dele.
Sua inteligência acima dos demais faz com que seja capaz de, até mesmo, saber usa armas de fogo. No jogo, sua missão é a de fazer uma verdadeira “queima-de-arquivo” de pessoas que sabem demais e que estão causando problemas aos negócios da empresa farmacêutica, ou seja, os S.T.A.R.S.
Para alguns cientistas da Umbrella, sua criação pode ser um erro, visto que o controle de parasitas é mais difícil do que o de vírus. Nesta versão remake ele é tudo aquilo que um fã do clássico pode esperar, um caçador incansável que surge nos momentos mais inesperados, capaz de sofrer mutações e ficar mais forte a cada encontro.
Durante as batalhas, Nemesis possui muitos recursos de combate inéditos, como gritos atordoantes, enormes pulos e utilização de armas novas, além de correr em uma velocidade incrível. Como imaginado, existem as batalhas obrigatórias contra ele, nas demais caberá ao jogador decidir como melhor lidar com a situação, fugir ou encarar.
Curiosidade 5: Recentemente a Universal Studios criou eventos temáticos de Resident Evil em seus parques, como nas seções chamadas Biohazard: The Real, localizado no Japão, e Halloween Horror Nights, localizado em Orlando. Eu ainda sonho com uma reprodução em escala de 1:1 da mansão de Resident Evil 1. Será que rola?
Conclusão
Resident Evil 3 pode estar um pouco abaixo do que todos aguardavam, principalmente após as grandes expectativas geradas pelo Remake de Resident Evil 2. O jogo em si merece, e muito, ser chamado de Remake, pois realmente há incontáveis diferenças no desenrolar da aventura, nos dando a sensação de um jogo novo, o que achei muito válido. Assim como em sua versão clássica, o título foca muito mais na ação do que em nos “segurar” em determinados locais.
O game sim, tem uma campanha que poderia ser maior, mas as horas que passamos com este jogo em Raccoon City jamais serão esquecidas. Obrigado Nemesis, foi bom rever você, em tão boa forma, depois de tantos anos. E ah, Code: Verônica, estamos esperando por você.
Jogado no PlayStation 4