Em um futuro distante, no ano de 2222, a humanidade enfrenta as consequências devastadoras de um evento desconhecido catastrófico conhecido como “Lágrimas da Lua Nova”. Essa chuva tóxica quase aniquilou a população mundial e deu origem a criaturas deformadas que agora caçam os sobreviventes. Para escapar desse ambiente hostil, os remanescentes da civilização se refugiaram em instalações subterrâneas, buscando uma chance de reconstruir a sociedade.
Em “SYNDUALITY: Echo of Ada”, assumo o papel de um Nômade, um explorador corajoso que se aventura na superfície devastada em busca de cristais AL, um recurso raro e vital para a sobrevivência. Acompanhado por meu parceiro de inteligência artificial, o Magus, e pilotando o CAIXÃO-CESTO, uma mecha projetada para enfrentar os desafios desse mundo pós-apocalíptico, minha missão é enfrentar criaturas conhecidas como Eliminadores e lidar com as adversidades que surgem a cada passo.
Moldando Meu Mecha e Magus
Uma das características que mais me chamou atenção, mas não apresenta nada de novo em “SYNDUALITY: Echo of Ada” é a profundidade da personalização disponível. Antes de cada expedição, passei um tempo considerável ajustando meu CAIXÃO-CESTO para se adequar ao meu estilo de jogo e às demandas da missão. A possibilidade de modificar componentes como chassi, braços e pernas permite que eu adapte o mecha para diferentes situações, seja priorizando mobilidade, resistência ou capacidade de carga.
Além disso, a personalização das armas é um destaque à parte. Posso escolher entre uma variedade de armamentos, desde fuzis de assalto e metralhadoras leves até escopetas, lança-chamas e rifles de precisão. Cada arma oferece uma abordagem tática distinta, e encontrar a combinação perfeita para o meu estilo de jogo é uma experiência gratificante, mas também é algo que eu espero para este tipo de jogo.
O Magus, meu companheiro de IA, também é altamente customizável. Posso ajustar sua aparência e selecionar diferentes modelos, cada um com uma personalidade e habilidades únicas. Essa personalização não é apenas estética; escolher o Magus certo pode influenciar significativamente minha eficiência em combate e exploração. Por exemplo, alguns modelos oferecem suporte tático, fornecendo análises detalhadas do campo de batalha, enquanto outros podem auxiliar na coleta de recursos ou na detecção de ameaças ocultas.
Um Desafio Constante ou Repetitivo?
Ao explorar a superfície, enfrento uma variedade de inimigos conhecidos como Eliminadores. Inicialmente, a diversidade dessas criaturas apresenta um desafio bem tranquilo, exigindo que eu adapte minhas estratégias e utilize diferentes armas e táticas para superá-los. No entanto, após várias expedições, comecei a notar uma certa repetição nos tipos de inimigos encontrados. Essa falta de variedade pode tornar os combates previsíveis, diminuindo a sensação de perigo e descoberta que é tão crucial em um jogo de sobrevivência e exploração. Seria interessante ver uma maior diversidade de inimigos, com comportamentos e habilidades distintas, para manter o jogador constantemente em alerta e engajado.
Além das ameaças controladas pela IA, outro grande desafio são os próprios jogadores. A qualquer momento, posso me deparar com outro Nômade explorando a superfície, e essa interação pode ser tanto uma oportunidade quanto um risco. É possível formar alianças temporárias, dividindo recursos e enfrentando inimigos juntos, mas também há a possibilidade de traição. O combate contra outros jogadores é algo que eu adorei neste jogo, pois nunca sei se aquele Nômade que encontrei será um aliado momentâneo ou alguém que tentará roubar meus loots. Esse sistema torna a experiência dinâmica e imprevisível, deixando cada expedição diferente da anterior e reforçando a sensação de que estou realmente em um mundo onde a sobrevivência é incerta.
Escolhendo a Ferramenta Certa para o Trabalho
O arsenal disponível em “SYNDUALITY: Echo of Ada” é de certa forma variado, oferecendo uma ampla gama de armas para se adequar a diferentes estilos de jogo e situações de combate. Desde fuzis de assalto e metralhadoras leves até escopetas, lança-chamas e rifles de precisão, a variedade é interessante. Além disso, dentro de cada categoria existem opções específicas, como fuzis de assalto automáticos, variantes de disparo em rajada e armas de energia pesada. Essa diversidade permite abordagens estratégicas tanto para combates contra outros jogadores quanto contra inimigos controlados por IA.
Desempenho
Jogando “SYNDUALITY: Echo of Ada” em um sistema com uma RTX 4060, Ryzen 5 3600 e 16 GB de RAM, minha expectativa era de um desempenho sólido. No entanto, observei que, mesmo com as configurações gráficas no máximo, o jogo mantinha uma taxa de quadros em torno de 60 FPS, o que é aceitável, mas aquém do esperado, considerando que os gráficos, embora bonitos, não são revolucionários. Além disso, notei quedas de FPS ocasionais, especialmente em áreas com muitos efeitos visuais ou durante combates intensos. Essas flutuações podem atrapalhar a imersão e sugerem que o jogo poderia se beneficiar de otimizações adicionais.
Durante minha experiência, encontrei alguns problemas técnicos que afetaram a jogabilidade. Houve momentos em que o jogo apresentou travamentos repentinos, resultando na perda de progresso e recursos adquiridos durante as missões. Esses incidentes podem desanimar, especialmente após longas sessões de coleta e combate.
Uma Jornada de Altos e Baixos
“SYNDUALITY: Echo of Ada” oferece uma experiência bem atrativa, mesclando exploração, combate e personalização em um mundo devastado. A profundidade da customização do mecha e do Magus permite que cada jogador adapte a experiência ao seu estilo de jogo, enquanto o arsenal diversificado oferece várias abordagens táticas. No entanto, a repetição nos tipos de inimigos pode diminuir a empolgação dos combates ao longo do tempo. Além disso, problemas técnicos e de desempenho podem afetar negativamente a experiência geral. Para aqueles que buscam uma experiência de sobrevivência com elementos de RPG, o jogo apresenta boas ideias, mas ainda há espaço para melhorias.