A clássica série Prince of Persia recebeu uma inovadora versão roguelike intitulada The Rogue of Prince of Persia. Desenvolvido pela Evil Empire, o estúdio conhecido pelo atraente Dead Cells, e distribuído pela Ubisoft, este novo jogo promete uma nova reinterpretação da clássica franquia. Porém, será que funciona?

Inovação na Franquia

A história de The Rogue of Prince of Persia se desenrola durante uma invasão devastadora dos Hunos, que estão corrompidos por magia sombria. Usando esse poder sombrio, eles avançam para derrotar o império persa. No meio do combate inicial, o príncipe é brutalmente ferido e levado a um oásis, onde ele se recupera e embarca em uma missão para retornar à capital e impedir a invasão.

A missão do príncipe é pouco complicada, pois o local está repleto de Hunos corrompidos pela magia sombria. Felizmente, o príncipe possui um artefato que lhe permite voltar no tempo sempre que está prestes a morrer. No entanto, o ponto de retorno é limitado a 3 dias no passado, o que significa que ele sempre recomeça de um período avançado no conflito. Preso em um ciclo temporal.

Quando comecei a jogar The Rogue of Prince of Persia, fui imediatamente imerso em uma experiência que combina a essência da série clássica com elementos modernos de roguelite. A jogabilidade é uma verdadeira montanha-russa de desafios e descobertas, graças aos níveis procedurais e à mecânica de morte permanente.

Cada vez que começo uma nova jogada, sou recebido com um mapa gerado aleatoriamente. No entanto, à medida que jogo repetidamente, os cenários começam a se repetir, tornando-se familiares demais. Isso também acontece com os encontros com inimigos, diminuindo a surpresa e a emoção das primeiras jogadas. Mesmo assim, a imprevisibilidade dos mapas ainda me obriga a adaptar minha estratégia continuamente.

Quando o príncipe é derrotado, ele volta ao início, mas isso não é um simples retrocesso. Cada morte é uma oportunidade de aprendizado. Eu observo os padrões de ataque dos inimigos, identifico armadilhas e planejo melhor minhas próximas ações. Essa necessidade de aprender com cada erro torna a experiência incrivelmente viciante. A frustração de ser derrotado é equilibrada pela motivação de fazer melhor na próxima vez.

A progressão no jogo é resumida em desbloqueios de novas armas e itens, o que facilita as novas tentativas. À medida que coleto recursos e moedas de ouro durante minhas jogadas, posso usá-los para adquirir itens e armas novos. Por exemplo, posso desbloquear um machado lento em comparação com as duas espadas iniciais. A sensação de progresso é em encontrar áreas secretas e baús de tesouro escondidos que me proporcionam buffs ou armas temporárias.

Além disso, a velocidade do jogo é uma característica marcante. Tudo é muito rápido – o parkour, o combate, os movimentos do príncipe. Essa rapidez proporciona uma sensação de urgência e aceleração constante. Cada salto, corrida pelas paredes e golpe desferido se desenrolam em um ritmo frenético, fazendo-me sentir sempre apressado e ansioso enquanto exploro o mapa. Muitas vezes, durante o parkour, eu cometia erros que resultavam em quedas fatais, forçando-me a reiniciar tudo novamente. Além disso, inimigos estrategicamente posicionados muitas vezes surgiam para atrapalhar o meu parkour, o que sinceramente, incomodava muito.

Trilha Sonora Impecável

Visualmente, The Rogue of Prince of Persia é encantador. Apesar de adotar um estilo de desenho animado, a fluidez e os movimentos do personagem são realmente bons e fluida, proporcionando uma experiência visual agradável. Os ambientes são detalhados e apresentam uma variedade de paisagens belas. Embora não seja excepcional ao ponto de deixar você boquiaberto, o jogo mantém um alto padrão de qualidade estética que contribui para a imersão na aventura.

No entanto, é na trilha sonora que o jogo se destaca verdadeiramente. É simplesmente perfeita – uma maravilha auditiva que pode arrepiar até a espinha que nem nasceu em você. Cada faixa musical é cuidadosamente selecionada para se adequar à atmosfera do jogo, intensificando a emoção das batalhas, a tensão dos momentos de suspense e a serenidade dos momentos de exploração. Os arranjos musicais são ricos em camadas, com melodias envolventes e harmonias envolventes que complementam perfeitamente a ação na tela.

Desempenho

Como é um jogo em 2D animado, ele não é tão pesado. Nos requisitos mínimos, são:

  • Requer um processador e sistema operacional de 64 bits
  • SO: Windows 10
  • Processador: Intel Core i5-4460 3.2 GHz / AMD Ryzen 3 1200 3.2 GHz
  • Memória: 8 GB de RAM
  • Placa de vídeo: NVIDIA GeForce GTX 950 (2GB) / AMD RX 5500 XT (4GB)
  • DirectX: Versão 11
  • Armazenamento: 5 GB de espaço disponível

Rodamos o jogo em um Ryzen 5 3600, RX 6600 e 16 GB de RAM 3200MHz em dual channel, e foi uma experiência bastante agradável. Mantivemos uma média de cerca de 200 FPS em 1080p, sem qualquer tipo de upscaling ou geração de frames.
Como ele ainda está em acesso antecipado, eu esperava encontrar bugs, porém felizmente não tive qualquer tipo de encontro com bugs que atrapalhasse a minha jogatina.

Diversão com Potencial para Crescer

The Rogue of Prince of Persia oferece uma experiência envolvente e divertida, mesclando a essência da série clássica com elementos modernos de roguelite. A jogabilidade rápida e fluida, repleta de acrobacias e combates intensos, mantém os jogadores constantemente engajados e proporciona uma sensação de urgência e adrenalina.

Visualmente, o jogo encanta com seu estilo de desenho animado e animações suaves, criando um ambiente imersivo, ainda que não seja extraordinário. A trilha sonora, por outro lado, é um destaque absoluto, com composições que arrepiam e intensificam a atmosfera do jogo.
Apesar dessas qualidades, The Rogue of Prince of Persia apresenta algumas limitações. A repetitividade dos cenários e a falta de variedade nas armas podem fazer com que a experiência perca um pouco do brilho após várias jogadas.

A familiaridade dos mapas gerados aleatoriamente e os padrões dos inimigos reduzem a sensação de novidade e desafio que é essencial em um jogo roguelite. Ainda assim, a diversão proporcionada pelo jogo é inegável. A mecânica de tentativa e erro, típica dos roguelites, cria um ciclo viciante que motiva os jogadores a continuarem tentando e aprendendo com cada falha. E como o jogo ainda está em acesso antecipado, há um grande potencial para melhorias e adições futuras. Novos conteúdos, armas e variações de cenários poderão enriquecer ainda mais a experiência e manter o interesse dos jogadores a longo prazo.

Por fim, The Rogue of Prince of Persia é um jogo promissor que já oferece muito entretenimento, mas que pode se tornar ainda melhor com o tempo. Para os fãs da série e do gênero, vale a pena acompanhar seu desenvolvimento e desfrutar das aventuras do príncipe enquanto ele luta para salvar seu império em um ciclo interminável de desafios e vitórias.

Nota
Geral
8.0
the-rogue-prince-of-persiaThe Rogue of Prince of Persia é uma adição promissora ao universo dos roguelites. Com jogabilidade rápida, visual encantador e uma trilha sonora excepcional, o jogo oferece muita diversão. No entanto, a repetitividade dos cenários e a falta de variedade nas armas são pontos a serem melhorados. Como ainda está em acesso antecipado, há grande potencial para aprimoramentos futuros que podem transformar esta já envolvente experiência em algo verdadeiramente excepcional.