Jackie Chan é possivelmente o cara que inventou o Parkour antes de tal atividade ser conhecida dessa forma, e acredito que você que lê este texto tenha crescido assistindo muitos de seus filmes, caso tenha passado de uma certa idade, claro.

Os filme do ator tem como base seus combates que misturam Kung-Fu e acrobacias ousadas, o que tornou Jackie Chan famoso, não foi só seu talento, mas também o fato de ele não usar dublês.

E nesse ponto, Bons Companheiros se destaca por ser quase que um retrato da vida do ator, que após anos de tombos e machucados, segue na memória de muitos fãs.

Bater, correr e cavalgar!

Fiquei pensando em como seria assistir este filme do ator, pois como bem sabemos, ele já está com incríveis 69 anos de idade, e fazia um bom tempo que não assistia algo recente com ele.

É difícil imaginar que ele poderia fazer um filme de ação nessa idade, mas estamos falando de Jackie Chan, ele não só fez como deu um show em cenas de lutas, que como sempre, possuem coreografias perfeitas.

A trama segue Luo, um dublê se vê desesperado pois irá perder Red, seu fiel companheiro de cena, um cavalo que é como da família.

Eles são conhecidos por fazer cenas de ação perigosas, o que aqui entra o “retrato da vida do ator” como eu falei, sinto que a intenção era de ser uma homenagem para essa profissão tão arriscada e merecedora.

Que até funciona, mas sai mais claro como uma homenagem ao ator, o que tá tudo bem, é certo que não nada pretensioso, ao contrário, o filme é honesto no que ele quer falar e mostrar.

O filme poderia funcionar como uma boa sessão pipoca para a família, mas peca em ser longo demais, se as partes demoradas fossem apenas com lutas, tudo bem, mas a trama aposta em uma narrativa que não é interessante em boa parte do tempo.

O que acaba por tirar nossa atenção, já que o filme tem um pouco mais de duas horas de duração.

As muitas facetas de Jackie Chan

O longa aposta em mostrar muito do que Red e Luo viveram, isso vem em flashbacks de quando os dois se conheceram, o que fortalece a ligação deles para com o público, e serve de gancho emocional em momentos chaves.

E isso é sem dúvidas a melhor parte do filme, relações com animais sempre possuem uma apelo emocional forte, e junto do carisma do animal com o de Jackie, as coisas parecem mais críveis.

Há algum tempo, foi desse filme que tiraram uma cena que viralizou nas redes sociais, onde o ator assiste ao lado da filha, muitos takes de sua juventude como ator, essa que é uma das cenas mais emocionante, de fato.

As atuações convencem, e possui também uma boa trilha sonora, mas os efeitos especiais pecam muito, onde nada aparenta ser verdadeiro, aliás, passa longe disso, outro ponto negativo é o tom cômico, só funciona entre Jackie e seu companheiro equino.

O filme vai homenagear outras obras icônicas do áudio visual, como Besouro Verde, série estrelada pela lenda Bruce Lee, e ao filme Herói, uma das mais belas obras do cinema oriental, que tem como protagonista do ator Jet Li.

No fim, o filme é bastante divertido, apesar de ter suas partes mais arrastadas, ainda é muito bom quando está em sua trama principal, e as lutas vão despertar nostalgia nos que, assim como eu, foram fãs dos filmes do ator na juventude.

O longa está em cartaz nos cinemas do Brasil desde o último dia 12.

Nota
Geral
7.8
critica-bons-companheirosNo fim, o filme é bastante divertido, apesar de ter suas partes mais arrastadas, ainda é muito bom quando está em sua trama principal, e as lutas vão despertar nostalgia nos que, assim como eu, foram fãs dos filmes do ator na juventude.