Elden Ring é grande aposta para o início de 2022, tendo lançamento marcado para fevereiro, a geração anterior ainda participa da brincadeira, enquanto a nova geração desfruta de performance visual melhor e resoluções dobradas.

No imaginário de muitas pessoas, Elden Ring poderia ser um monstruoso jogo medieval com um um empurrãozinho de George R. R. Martin na lore, resultando num jogo dentro da experiência da From Software com a temática puxada para a de Game of Thrones.

A realidade é que, George trabalhou sim no mundo do jogo após reuniões com Miyazaki Hidetaka numa visita ao país do sol nascente, mas antes mesmo desta reunião, Elden Ring já estava planejado para ser um jogo de mundo aberto.

Na última semana eu tive a oportunidade de acessar uma prévia do jogo, enquanto a From Software testava os servidores, para verificar se tudo iria correr bem com o componente online do game. Isso já não é novidade: algo semelhante já foi feito em Dark Souls III anteriormente. A parte online do jogo consiste em você enxergar auras de outros jogadores percorrendo o jogo assim que você as ativa pelo caminho.

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Antes de mais nada, é preciso dizer com urgência, que Elden Ring é simplesmente mais uma das aventuras aos moldes da From Software, fazendo eu imaginar que estava jogando um sucessor de Dark Souls, sem tirar nem pôr nada. Aliás…

Foram adicionadas sim, algumas coisas inéditas em cima da fórmula antiga deste novo jogo, mas antes de contar sobre isso tudo, eu preciso expressar sobre o quanto esse jogo pega emprestado do game design de Breath of the Wild (2017). 

Essa é a principal característica que vai diferenciar Elden Ring de um possível Dark Souls 4. Quase que como uma homenagem, a demonstração começa com seu personagem escolhido, da classe escolhida, saindo de um ambiente escuro e fechado para deparar-se com um mundo aberto, quase como uma constatação imediata do jogo, antes que qualquer coisa relacionada a jogos da própria série seja notada pelo jogador.

Na verdade, nessa altura, já é tarde demais, visto que desde a interface de jogo, até a fonte remete diretamente a Dark Souls, sem falar dos mesmos botões mapeados no controle. Só que agora, podemos pular. Isso será importante, pois já que o mundo mostrado em nossa frente é verde e vasto, imagina-se que vamos precisar de uma ajudinha na mobilidade.

Depois de poucos passos, se tudo correr conforme o jogo deseja, o game design te ensinará a dura lição da morte, com uma figura montada num cavalo, que te matará com um peteleco. É fácil notar que o conceito de bonfire é praticamente o mesmo aqui, onde seu personagem quando morre, deixa todos os seus pontos de experiência coletados no chão. Os inimigos renascem, e  você precisa recolher seu XP de volta se quiser usar para upar seu personagem… e por aí vai.

Eu pude explorar algumas direções. Pude constatar uma grande árvore brilhante, num cenário de cores que quase relaxam, uma beleza de fantasia élfica. Mas aqui no chão vemos zumbis acuados e ruínas tristes se misturando num lago raso. Eu não consegui chegar na árvore brilhante e gigantesca por restrições desta demonstração, o que fez aumentar o mistério. Mas o lago tem uma fogueira chamativa.

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Em volta dela, muitos desses zumbis, que testemunham uma sombra passar no céu e logo arrasar com suas vidas como uma vassoura varrendo a área. Um imponente dragão não poderia faltar numa obra medieval da From, mas obviamente não me vejo em hora pra lutar com um inimigo desse tamanho, no meu nível mais básico, dentro de um beta com tempo limitadíssimo. Vamos explorar mais possibilidades.

A capacidade de simplesmente deixar o dragão e seguir com qualquer outra coisa já confere ao jogador uma natureza diferencial neste jogo, casando com a minha afirmação anterior sobre o premiado jogo Zelda no Nintendo Switch/Wii U. A descoberta é sua, e o que fazer com ela, também é sua escolha, até que alguma situação específica não possibilite isto mais.

Até o momento o jogo tem me dado a escolha de negar qualquer coisa que me soe desconfortável de encarar. Esse é o senso de exploração que muitos jogos deveriam ter. Sabemos que o perigoso e dificultoso está nos esperando num lugar, e isso nos enche de vontade de ficarmos mais fortes e melhores na gameplay, de forma absolutamente natural, e não agindo como numa peça de teatro coagida que jogos de RPG são hoje em dia.

A preparação emergente, que vai nos levar de volta ao inimigo forte, para uma revanche seguida de vitória é simplesmente um sabor que não se pode descrever.

Se você ainda duvida de que esse seja o grande mote de Elden Ring, será preciso esperar mais alguns meses para conferir, mas enquanto isso, posso deixar contigo a informação de que temos esse belo passeio para montaria, que reafirma a natureza de exploração em grande escala e descoberta do jogo.

Tudo isso é animador, como nunca um jogo do tipo Dark Souls me animou antes, e se antes eu estava indiferente apenas esperando, sem entrar muito no hype, agora há um interesse mais forte em cima do título.

A minha jornada terminou quando o servidor deu o último suspiro na minha subida a uma colina de ventania quase poética, e o cenário interno de um castelo simplesmente não carregou. 

Elden Ring está programado para o dia 22 de fevereiro de 2022 para os PCs, Xbox One, Xbox Series, PlayStation 4 e PlayStation 5.