Silent Hill nunca foi uma franquia de entregar de bandeja o seu desenvolvimento aos estúdios de um solo que por acaso destruiu por inteiro o seu país após a segunda guerra. Ironicamente, os Estados Unidos mantém a maior base de fãs que clamam pelo retorno da franquia que andou sendo um pouco castigada durante a última década.
A série já passou das mãos dos japoneses para o pessoal do Reino Unido e até Ucrânia. E agora, com múltiplos projetos em andamento, temos empresas canadenses cuidando de um jogo de narrativa online e até poloneses com o remake de Slient Hill 2 em mãos.
Silent Hill f tem como proposta ser desenvolvido por um estúdio baseado em Taiwan. Essa pequena nação exportou um aclamadíssimo jogo de terror chamado Devotion recentemente, mostrando que a Konami não dorme no ponto quando os gráficos mostram que a Capcom está tirando belos trocados fazendo remakes de todos os títulos Resident Evil da linha principal, pouco a pouco.
O trailer esteve inserido dentro do evento online no Youtube “Silent Hill Transmission”. O que foi mostrado parece se distanciar bastante do que Silent Hill já sonhou em ser, ao mesmo tempo se entregando aos braços de títulos como Haunting Ground, Fatal Frame, Kuon, Rule of Rose, Siren, entre tantos outros.
O que esses jogos tem bastante em comum? Bem, eu gostaria de destacar que são todos jogos de um terror muito específico, produtos culturais de um momento chamado “PlayStation 2”. Silent Hill f parece emular um pouco disto, e hoje em dia sente-se que esse tipo de temática está relegada a títulos de escopo menor, de empresas menores.
De qualquer forma, o jogo é um spin of que a Konami define como ““uma história completamente nova ambientada no Japão dos anos 1960, apresentando um mundo bonito, mas horripilante”. A localização mais ligada a temáticas com menos possibilidades tecnológicas e que remetem a um período tão diferente de nossa realidade animam, acalmando muitos fãs que não gostariam de ver somente a fórmula repetida, como uma receita de bolo sendo replicada 20 anos depois de guardada.
Agora nos resta dar uma olhada no staff por trás da produção
Começando com um nome de peso, temos Motoi Okamoto (o sujeito que apresentou o evento como um todo). Ele vem da Nintendo EAD, tendo participado na produção de vários nomes de peso nos anos 2000. Isso inclui The Legend of Zelda Wind Waker, Luigi’s Mansion e Pikmin 2.
O cargo dele é de programação e planejamento de jogos; Quem está escrevendo o roteiro é o carinha sob codinome Ryukishi07 (referência a Final Fantasy). No seu portfolio estão visual novels como “Higurashi no Naku Koro ni” e “Umineko no Naku Koro ni” e por fim o estúdio NeoBards, que trabalhou em alguns títulos da Capcom.
No trailer podemos notar que existe uma temática fúngica, e com flores, sakuras, misturadas ao tropo de colegiais japonesas em fuga, dessa vez aqui em corredores de alguma comunidade rural do Japão. O tom gore dá as caras sem cerimônias aqui, algo ausente no tom de Silent Hill como um todo – ou ao menos em seu merchandising.
A coroa bela de flores e fungos revela por baixo o rosto feminino, que logo tem sua região frontal da cabeça despencada como fatias de frios de padaria, revelando o interior morto e pálido da então criatura. Eis que sua face cai, dando fim à perseguição onde vinhas tentam pegar a pobre alma.
Não por acaso, o nome do projeto do game é “Sakura”. Não se sabe se assim como Silent Hill 2 remake, f será exclusivo temporário em console, sendo este o PlayStation 5. Pessoalmente eu acho que isso não será o caso de nenhum dos jogos que não sejam Silent Hill 2 Remake, pois, a Konami procura levantar dinheiro, não importa através de quem.
Por fim, não se sabe da data do jogo, assim como não sabemos a data dos outros tantos projetos que apareceram no vídeo da Konami.